ATA DA NONAGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 22-11-2006.

 


Aos vinte e dois dias do mês de novembro do ano de dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maria Celeste, Nereu D'Avila e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Alceu Brasinha, os Pedidos de Providência nos 1958 e 1959/06 (Processos nos 5399 e 5400/06, respectivamente); pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, o Pedido de Providência nº 1964/06 (Processo nº 5428/06) e o Pedido de Informação nº 253/06 (Processo nº 5389/06); pelo Vereador Carlos Todeschini, o Pedido de Providência nº 1954/06 (Processo nº 5386/06); pelo Vereador Cassiá Carpes, os Pedidos de Providência nos 1960 e 1963/06 (Processos nos 5401 e 5415/06, respectivamente); pelo Vereador Ervino Besson, o Projeto de Lei do Legislativo nº 221/06 (Processo nº 5195/06); pelo Vereador Haroldo de Souza, o Pedido de Providência nº 1955/06 (Processo nº 5388/06); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providência nos 1961 e 1962/06 (Processos nos 5413 e 5414/06, respectivamente); pelo Vereador Márcio Bins Ely, o Pedido de Providência nº 1956/06 (Processo nº 5397/06); pela Vereadora Neuza Canabarro, o Pedido de Providência nº 1957/06 (Processo nº 5398/06). Também, foram apregoados: o Ofício nº 1026/06, de autoria do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 050/06 (Processo nº 5344/06), e o Memorando nº 229/06, firmado pelo Vereador Dr. Goulart, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que o Vereador Carlos Comassetto encontra-se representando externamente este Legislativo, na Sessão Solene em homenagem do Dia Estadual da Consciência Negra, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, hoje, às quatorze horas. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofício s/nº, da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional; s/nº, do Senhor Fernando Barth, Diretor da American Software Editora; nos 10986662, 10986907, 11019698, 11019703, 11071370, 11071371, 11071372 e 11071373/06, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib saudou o transcurso, hoje, das comemorações do sexagésimo terceiro aniversário da Independência do Líbano, prestando informações acerca de características culturais, econômicas, sociais e geográficas desse país. Em relação ao assunto, lastimou o conflito bélico existente entre o Líbano e o Estado de Israel, mencionando a morte, ontem, do Ministro da Indústria libanês, Pierre Gemayel. A seguir, a Vereadora Clênia Maranhão manifestou-se acerca da inversão da ordem dos trabalhos da presente Sessão, em função de deliberação do Colégio de Líderes, tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos sobre o assunto. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Carlos Todeschini formulou críticas à Deputada Federal Yeda Crusius, eleita Governadora do Estado, alegando que suas declarações sobre a situação econômica do Rio Grande do Sul não são condizentes com as idéias por ela expostas durante a campanha eleitoral. Também, desaprovou o ritmo das obras de duplicação da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, afirmando que sua duração está sendo prejudicial aos comerciantes da região. O Vereador Claudio Sebenelo, contestando afirmações do Vereador Carlos Todeschini, em Comunicação de Líder, enfatizou que a Deputada Federal Yeda Crusius ainda não se inteirou de todas as informações necessárias para governar o Estado. Ainda, replicou críticas de integrantes do Partido dos Trabalhadores aos atuais Governos Municipal e Estadual, contestando a gestão desse Partido nos períodos em que esteve no comando do Poder Executivo de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. O Vereador Mario Fraga defendeu a implantação de atendimento durante as vinte e quatro horas do dia na Unidade Básica de Saúde Belém Novo e a instalação de Posto de Saúde da Família no Bairro Lageado, destacando a necessidade que tem a população dessas regiões de melhores serviços de saúde. Finalizando, referiu-se a dificuldades de locomoção enfrentadas pelas comunidades do Extremo-Sul da Cidade, sugerindo a criação de linhas de lotação para atender os Bairros Belém Novo e Restinga. O Vereador José Ismael Heinen repeliu a postura do Governo Federal no trato das questões sociais, sustentando que o posicionamento ora adotado é divergente do apresentado durante a campanha eleitoral deste ano. Em relação ao assunto, apoiou proposta de criação de benefício similar ao décimo terceiro salário do Programa Bolsa-Família, cobrou melhores índices de reajuste a aposentados e pensionistas e mencionou denúncias de envolvimento de integrantes do PT em casos de corrupção. A Vereadora Maristela Maffei replicou críticas ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje efetuadas pelo Vereador José Ismael Heinen, asseverando que o Partido da Frente Liberal colaborou na formação do quadro de pobreza enfrentado por parte da sociedade brasileira. Nesse sentido, avaliou o Programa Bolsa-Família, do Governo Federal, defendendo a inclusão, nessa proposta, de políticas de geração de emprego que propiciem melhorias na qualidade de vida da população. Na ocasião, o Vereador Claudio Sebenelo formulou Requerimento verbal, solicitando a retirada de termos constantes no pronunciamento da Vereadora Maristela Maffei, em Comunicação de Líder, tendo se manifestado a respeito o Vereador Adeli Sell, Sofia Cavedon e Luiz Braz. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Manuela d'Ávila registrou ter assistido à palestra proferida hoje pelo Senhor Jorge Gerdau Johannpeter, na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul. Sobre o assunto, louvou a capacidade desse empresário de reconhecer o processo de mudanças por que atravessa o Brasil, apoiando a implantação de um modelo econômico embasado na redução das taxas de juros e na visão do Estado como veículo primordial ao desenvolvimento. O Vereador Sebastião Melo discorreu sobre a reeleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aludindo a nomes que estão sendo sondados como possibilidades para constituição do Governo Federal a partir de dois mil e sete. Ainda, declarou-se pessimista quanto às previsões de crescimento da economia brasileira no próximo ano, salientando que se observa um quadro de juros altos, déficit do sistema previdenciário e pagamento de dívida interna, que inviabiliza perspectivas otimistas nessa área. A Vereadora Clênia Maranhão divulgou atividades realizadas no Município neste mês, em especial o Encontro e Intercâmbio de Práticas e Experiências em Tecnologias, Responsabilidade, Organizações, Cooperação Social em Ambientes Solidários e a 32ª Semana da Restinga. Também, convidou para o III Seminário Nacional do Centro de Referência às Vítimas de Violência, programado para os dias vinte e nove e trinta de novembro do corrente, no auditório do Ministério da Fazenda. O Vereador Cassiá Carpes abordou a invasão de prédio no centro da Cidade ocorrida no dia vinte deste mês, afirmando que essa ação foi comandada por membro do Partido dos Trabalhadores e que atos dessa natureza prejudicam a solução dos problemas habitacionais do País. Ainda, asseverou que melhorias na sociedade só serão alcançadas por meio de políticas governamentais de longo prazo e, finalizando, elogiou os serviços prestados no Município pelo Hospital Espírita de Porto Alegre. Às quinze horas e vinte e oito minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e trinta e oito minutos, constatada a existência de quórum. Na ocasião, o Senhor Presidente informou que, a partir de hoje, em fase de teste, seria alterada a maneira de distribuição de parte da Agenda das Sessões Plenárias, com a finalidade de economia de papel, passando a não serem mais impressos os Processos constantes na Ordem do Dia, os quais ficarão disponíveis aos interessados na página da internet da Câmara Municipal de Porto Alegre. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Dr. Goulart, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, conforme definido pelo Colégio de Líderes. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, de alunos e das professoras Luciana Fava e Renata Schebella, do Colégio Província de São Pedro, que comparecem à Câmara Municipal de Porto Alegre para participar do Projeto de Educação Política, desenvolvido pelo Memorial desta Casa. Também, foi registrada a presença do Vereador Ricardo Corrêa da Silva, da Câmara Municipal de Cidreira – RS. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 179/05. Em Votação, foi aprovada a indicação, constante no Ofício nº 194/06 do Processo nº 0817/02, dos nomes das funcionárias Carmem Lopes e Cristina Nardelli de Moraes Torres, como titulares, e dos funcionários Adalberto Gomes Fontoura Júnior e José Valdir Rodrigues da Silva, como suplentes, na representação deste Legislativo junto ao Conselho Municipal de Assistência Social de Porto Alegre. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Resolução nos 082 e 088/06. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 203/06, por vinte e sete votos SIM, tendo votado os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Maristela Maffei, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 207/06, por vinte e sete votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 044/06, por vinte e nove votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 045/06. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 003/06, por vinte e cinco votos SIM, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell e Professor Garcia, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maristela Maffei, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Maristela Maffei, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 028/06 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 186/06, por dezesseis votos SIM e quatro ABSTENÇÕES, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Elias Vidal e João Antonio Dib e pela Vereadora Clênia Maranhão, em votação nominal solicitada pelo Vereador Haroldo de Souza, tendo votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Mônica Leal, Raul Carrion, Sebastião Melo e Valdir Caetano e tendo optado pela Abstenção os Vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini, Haroldo de Souza e João Antonio Dib. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 186/06, a Vereadora Sofia Cavedon cedeu seu tempo de discussão ao Vereador Adeli Sell. Após, foram apregoadas as seguintes Emendas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/06 (Processo nº 4715/06): de nos 05 e 06, autoria da Vereadora Clênia Maranhão, Líder da Bancada do PPS; de nº 07, de autoria da Vereadora Clênia Maranhão, Líder da Bancada do PPS, e do Vereador Bernardino Vendruscolo, Líder da Bancada do PMDB. Ainda, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria do Vereador Raul Carrion, Líder da Bancada do PCdoB, ao Substitutivo nº 02, aposto ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 043/05 (Processo nº 0976/05). Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 082/06 e as Emendas nos 01 e 02 a ele apostas, após serem discutidos pelos Vereadores Raul Carrion, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, José Ismael Heinen, Maria Celeste e João Antonio Dib. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou as presenças, neste Plenário, dos Vereadores Roberto Martins e Luiz Carlos Ramos, da Câmara Municipal de Ibirapuitã – RS –, e Marco Aurélio Cunha Santos e Marco Antônio da Silveira Filipini, da Câmara Municipal de São Sepé – RS. Em Discussão Geral, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 125/05. Após, foi apregoada a Emenda nº 02, de autoria do Vereador João Carlos Nedel, ao Projeto de Resolução nº 125/05 (Processo nº 5244/05). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 006/06, por vinte votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Carlos Todeschini, tendo votado os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mônica Leal, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion e Valdir Caetano. Em Discussão Geral e Votação, estiveram o Projeto de Resolução nº 053/03 e o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 010/03, que tiveram suas discussões adiadas por uma Sessão, a Requerimentos, aprovados, de autoria, respectivamente, do Vereador Claudio Sebenelo e da Vereadora Clênia Maranhão. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 041/06, após ser discutido pelo Vereador Adeli Sell e encaminhado à votação pelas Vereadoras Manuela d'Ávila e Sofia Cavedon e pelo Vereador Márcio Bins Ely. Às dezessete horas e quarenta minutos, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Dr. Goulart, Luiz Braz, Haroldo de Souza e João Antonio Dib, este nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelos Vereadores Haroldo de Souza e Claudio Sebenelo, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, anualmente, nesta data, eu tenho combinado com as Lideranças, algumas Lideranças da Casa, e nós falamos sobre a Independência do Líbano. São convidados libaneses da nossa querida Porto Alegre, o pessoal da Sociedade Libanesa, o nosso Cônsul Ricardo Malcon, mas hoje eu só convidei o Sr. Mário Sada, que é um libanês, o descendente de libanês mais antigo no Estado do Rio Grande do Sul, porque hoje se comemora a Independência do Líbano. Ao invés de ser um momento de grande alegria para os libaneses, é um momento de tristeza, mas eu já havia escrito algo e vou ler. (Lê.): “Líbano - terra antiga, país moderno. Hoje, 22 de novembro de 2006, comemora-se o 63º aniversário da Independência do Líbano. Esse país, com uma área de 10 mil 452 quilômetros quadrados, possui uma população de aproximadamente 3 milhões e meio de habitantes, representando a população urbana 60% desse número. Somente sua capital, Beirute, tem cerca de 800 mil habitantes. É de ressaltar que existem cerca de 14 milhões de emigrantes libaneses espalhados pelo mundo. O idioma oficial é o árabe, mas o ensino do francês e do inglês é obrigatório nas escolas, facilitando, assim, as relações de comércio e de herança cultural. O nome Líbano tem sua origem na mais remota antiguidade, significando ‘branco’ na língua hebraica, talvez devido às suas montanhas sempre cobertas de neve.

Philippe Hitti, historiador libanês, professor em várias universidades americanas, disse, certa vez: ‘O Líbano é um microcosmo pela sua superfície e um macrocosmo pela sua influência’.

Por sua topografia montanhosa, com ponto culminante de 3.088 metros de altitude, com grande ocorrência de neve, pela sua exuberante hidrografia e localização estratégica, o Líbano foi denominado de ‘Suíça do Oriente Médio’; por essa sua localização estratégica também foi chamado de ‘Porta do Oriente’, e sua bela capital, Beirute, de a ‘Paris do Levante’. Terra de sol, de mar e de montanhas, ligado ao Brasil por laços de amizade, esse país, apesar de sua pequena superfície, tem um valor único aos olhos do mundo e é parte importante da estrutura universal. Um poeta libanês assim o descreveu: ‘Este país que vejo de minha janela é o Líbano, o meu país. Ele até poderia ser visto por inteiro de minha janela, se a história não o tivesse expandido mundo afora’.

O Líbano é uma república parlamentarista, possui regime democrático e sua constituição é fundamentada sobre a separação dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, sendo o Presidente eleito pelo Parlamento e os Deputados pelo sufrágio universal. Palco de todas as civilizações, berço da civilização fenícia, o Líbano é um país de grande diversidade histórica e cultural. Diz-se, aliás, que ‘se as pedras falassem, este milagre teria acontecido no Líbano’. O grande número de civilizações, cujas relíquias ainda existem, é verdadeiramente impressionante. Nas rochas dos penhascos do desfiladeiro de Nahr el Kalb, perto de Beirute, existem inscrições de faraós egípcios e de reis assírios. Nas regiões montanhosas do Líbano, foram encontradas mais de mil estatuetas gregas de Tanagra, e, perto de Biblos, foi desenterrada uma cidade neolítica de mais de cinco mil anos. A única arena retangular da Antigüidade, onde tinham lugar os jogos de Actia, foi descoberta em Tyria. Por sua vez, a acrópole de Baalbeck é a maior e a mais bem conservada obra da arquitetura romana.

No norte do país, pouco além de Becharre, que é a terra natal de Gibran Khalil Gibran, o maior e o mais conhecido escritor libanês, existem atualmente somente 400 cedros, dos cerca de um mil e 500 de onde Salomão retirou a madeira para o seu templo e palácio. Deles também foram escavados os sarcófagos e barcos solares dos faraós. Atualmente o cedro é o emblema do país.

Quero ler, agora, como saudação ao povo libanês e à sua independência, a tradução do Hino Nacional Libanês, que tem toda a sua tradição milenar: ‘Somos todos da Pátria, de sua honra e de sua bandeira. Nossa espada, nossa escrita, enchem os séculos de glória. Nossos prados, nossos montes, são berços de homens. Nossas palavras, nossos feitos, lutam por ideais. Somos todos da Pátria, de sua honra e de sua bandeira’.

Infelizmente, o Líbano tem atravessado gravíssimos momentos. O assassinato, ontem, do Ministro da Indústria, Pierre Gemayel, de 34 anos, transformou Beirute, que se preparava para comemorar a independência, em uma cidade fantasma. O clima festivo foi substituído pela revolta, pela tensão e pelo medo. O comércio fechou e as ruas ficaram desertas. Gemayel foi morto em plena luz do dia, no bairro cristão de Gedeide, na zona norte da capital.

A morte de Gemayel ocorre num momento em que o Líbano está mergulhado numa grave crise política, exacerbada pela demissão de seis Ministros pró-sírios.

Esse fato levou o Papa Bento XVI a declarar que ‘forças obscuras tentam destruir a Nação’.

Ao encerrar, eu quero declarar que nasci no Brasil, mas aprendi desde muito cedo, com meus pais, a amar o Líbano e a me orgulhar de minha ascendência, mas também, como eles, amar, e muito, o Brasil”. Saúde e PAZ! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Ver. João Dib, fazendo uma Comunicação de Líder pelo seu Partido, o PP, mas, com certeza absoluta, também fazendo essa saudação ao Líbano o fez em nome de toda a nossa Casa.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Havia um acordo firmado na reunião de segunda-feira, no Conselho de Líderes e Presidência, que nós hoje facultaríamos o período de Liderança para o conjunto das Bancadas e depois nós pediríamos a inversão (da ordem dos trabalhos), para entrarmos diretamente na Ordem do Dia, considerando o número de Projetos que temos para votar.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Verª Clênia, estamos com um problema neste exato instante: se nós entrarmos na Ordem do Dia, acredito que não teremos quórum suficiente para votar os Projetos. Mas me submeto ao acordo das Lideranças.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, considerando que ainda há alguns Vereadores que não fizeram Comunicação de Líder, então nós poderíamos avaliar isso posteriormente ao uso desse tempo, se assim V. Exª permitir.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Está certo. Obrigado, Verª Clênia Maranhão.

O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Minha saudação, Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público presente e assistência do Canal 16, agradeço à minha Líder a concessão deste espaço para manifestar-me em Comunicação de Líder, neste momento, porque nós não podemos deixar em brancas nuvens um assunto sobre uma pessoa que tenta passar a outros a responsabilidade que é sua. Falo aqui das manifestações da Governadora eleita do Rio Grande do Sul, que, tendo contato com os números reais e com a situação real das finanças do Estado do Rio Grande do Sul, quer repassar a responsabilidade, por exemplo, ao Governo Federal, pela trágica situação que está vivendo o nosso Estado e as suas finanças.

Ontem mesmo, eu ouvia um rebate disso, Verª Neuza, do atual Vice-Governador, Antonio Hohlfeldt, que dizia que a situação era muito bem conhecida pela Governadora eleita, Yeda, e que ela, inclusive, quando questionada durante a campanha, afirmava categoricamente: “Conheço a situação do Estado, conheço a situação das finanças e sei o que fazer”. No entanto, agora, parece que o discurso já começa a mudar, dizendo: “A situação do Rio Grande do Sul é muito grave, é trágica, e a responsabilidade é do Governo Lula”. Eu já ouvi dizer isso.

Lamentamos essa posição, porque estamos diante, talvez, daquilo que foi afirmado muitas vezes pelos concorrentes, Verª Neuza, quando diziam que a situação era difícil e que deveriam ter propostas. E a Governadora eleita não apresentou propostas e não enfrentou o problema real que deveria ser enfrentado. “O coordenador de campanha da Governadora eleita, Sr. Aod, era Presidente da Fundação de Economia e Estatística” - e parece que o é, ainda -, “e ele, mais do que ninguém, deveria saber e conhecer os números”. Essas não são palavras minhas, são palavras do atual Vice-Governador. E não adianta passar a responsabilidade para outros.

Nós estamos diante de uma situação em que o futuro Governo eleito do Rio Grande do Sul enfrentará enormes dificuldades, como todos enfrentariam, mas não adianta querer dizer que não conhecia a situação, porque muitas vezes foram usadas artimanhas e artifícios forçados para convencer, para ganhar o apoio dos eleitores. Ontem à noite nós estivemos, pela CEDECONDH - estiveram presentes também o Ver. Adeli Sell e o Ver. Márcio Bins Ely - lá no eixo da Baltazar, numa audiência daquela comunidade em relação à duplicação da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, uma situação de desgoverno total, uma situação em que não se sabe o que vai acontecer porque a previsão de recursos para a obra, em ritmo muito lento, vai até o final do ano - faltam 38 dias contando os sábados, domingos e feriados, que são muitos -, e para o ano que vem ninguém sabe o que vai acontecer, Ver. Nedel. Então, nós estamos aqui fazendo um alerta e uma demarcação para os governantes que foram eleitos e os Partidos que sustentaram esse Projeto, no sentido de que tenham a responsabilidade de saber enfrentar aquilo que disseram na televisão, aquilo que anunciaram para o povo gaúcho, porque não adianta vir com choro e ranger de dentes.

E há também a garantia de que o tarifaço, que perdura até o último dia deste ano, portanto mais 38 dias, encerre. Nenhuma alternativa foi apresentada, e cabe aos eleitos e aos Partidos eleitos apresentarem alternativas de solução para o pagamento do 13º salário, para o pagamento dos salários em dia e para a continuidade das obras, pelo menos as que estão em andamento, como o caso da Baltazar, que é uma obra que está causando um transtorno sem precedentes a toda a comunidade, em especial aos comerciantes, Ver. Nedel, que em grande maioria estão falindo, porque a previsão melhor, na melhor das hipóteses, é que a obra, se tudo der certo, fique pronta só no mês de agosto. E, portanto, nós tiramos vários encaminhamentos de audiência com o Secretário da Fazenda atual, com a equipe de transição futura, com o Prefeito Fogaça, para que todos façamos as pressões necessárias para que a obra não cause mais prejuízo e mais insegurança do que está causando para aquela comunidade e toda comunidade que dependa da obra, em especial a do Município de Alvorada. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é fantástico: uma Bancada tão rica em talentos como a do Partido dos Trabalhadores, e o perfil comum da Bancada é a falta de memória! O Ver. Todeschini assim como a Verª Sofia Cavedon esqueceram algumas coisas fundamentais. A primeira é que o seu candidato, Olívio Dutra, foi derrotado nas urnas, democraticamente, pela candidata Yeda Crusius. Segundo, se ela não tivesse proposta, ela não poderia ter sido eleita. Quem sabe V. Exª poderia ter um pouquinho de paciência e esperar iniciar o governo de Yeda Crusius para então começarem as críticas! Ela nem começou a governar, nem assumiu ainda! E é aquela fábula, Presidente, de Esopo, “A Raposa e as Uvas”, em que as uvas estão muito verdes, que nem os cães as podem tragar! Que coisa, não é?! As uvas estão muito verdes, sabe?

E quem não apresentou propostas? Em todas as áreas foram apresentadas propostas, em todas as áreas vão ser buscadas alternativas!

E principalmente o Dr. Aod de Moraes Júnior, presidente da Fundação de Economia e Estatística do Estado, cargo que não confere a ele a possibilidade de governar o Rio Grande do Sul; ele tem acesso a algumas informações, não a todas! E ele tem uma belíssima formação; talvez os Secretários da Fazenda do seu Governo não tivessem essa competência e deixaram um rombo nas finanças do Estado, só não trazido à tona porque, por seu perfil psicológico, o Sr. Governador Germano Rigotto, que agora se despede, na sua Administração teve a delicadeza - vocês nunca entenderam o que é delicadeza - de não governar olhando pelo retrovisor, e sim para a frente, e nunca trouxe à luz o rombo que vocês deixaram, que o Partido dos Trabalhadores deixou num governo que é inesquecível, que é um paradigma do governo de como não se deve governar um Estado, mandando embora a Ford, atirando pela janela mais de 100.000 empregos! Há outras questões das quais não vale a pena agora recordar, inclusive as questões da banda podre, as questões de tantas figuras que apareceram e de tantas falcatruas que geraram uma CPI em que nós vimos a nudez plena de tudo o que se fazia no Partido dos Trabalhadores, inclusive um famoso e famigerado Clube da Cidadania.

Pois é exatamente isso que move a Bancada do Partido dos Trabalhadores, e, quando acusa de desgoverno o Governo Fogaça, não sabe que, já com todo o aporte financeiro, até o fim deste ano, terminam... Agora, eles esquecem que, no Governo deles, só a obra do Viaduto Jayme Caetano Braun foi atrasada mais de um ano por falta de pagamento à empresa. Quem atrasou esse Viaduto, que durante mais de um ano teve a previsão errada da finalização da sua construção, vem agora dizer que a Av. Baltazar de Oliveira Garcia está atrasada. É evidente que pode, eventualmente, estar atrasada, mas não pode ser comparada com o atraso de dois a três anos que teve a 3ª Perimetral, que poderia muito antes ter ficado pronta.

Por isso eu gostaria muito de que os Vereadores do Partido dos Trabalhadores tomassem, antes de cada pronunciamento, um comprimido de “memoriol” para saber que não é assim que se faz política. Política se faz com justiça, política se faz não querendo ser melhor do que os outros, não, mas com propostas; e as propostas estão aí e foram tão boas, pois hoje quem é Governador do Estado não é o Sr. Olívio Dutra, não! Foi eleita a primeira mulher para governar o Estado, e ela se chama Deputada Yeda Crusius.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara, amigos que estão nos visitando nesta Casa; eu cumprimento, em especial, o meu primo Fernando Ricardo, que mora em Belém do Pará e está-nos visitando em Porto Alegre nesta data. Gostaríamos de falar a respeito da Saúde no Município de Porto Alegre, em especial para nós, Ver. Ervino, na nossa região, de Belém Novo. Graças a Deus, Ver. Brasinha, o nosso posto de saúde tem funcionado, mas, como na maioria das regiões da nossa Cidade, o nosso posto de saúde funciona até às 22h e isso é profundamente lamentável. Hoje à tarde, estaremos indo à Secretaria de Saúde para falar com o Secretário Pedro Gus, para conseguirmos o terceiro turno, o turno integral, Ver. Elias Vidal, que também cuida dessa área da Saúde, no seu segmento. O nosso posto funciona bem, mas aquele pessoal que precisa de atendimento à saúde à meia-noite, à 1h, Ver. Brasinha, veja V. Exª que eles têm que sair de Belém Novo - e a Verª Neuza está sempre com a gente -, e pegar dois ônibus para ir ao posto de saúde mais próximo, que é o Posto de Saúde da Restinga, que funciona 24 horas. Então, nós estamos fazendo um apelo, hoje, aqui, ao Dr. Pedro Gus, Secretário de Saúde de Porto Alegre, para que a gente possa começar a implementar esse aumento do horário do Posto de Belém Novo. E também, nessa audiência, vamos aproveitar para tratar do PSF, o Posto de Saúde da Família, lá no Bairro Lageado, lá em frente ao Esporte Clube Lageado, em que já estivemos com os cooperados, com a cooperativa que atua naquela área, que já nos cedeu um espaço; temos as paredes, temos uma sede lá, e hoje nós vamos levar adiante o Projeto do Extremo Sul, não da Zona Sul de Porto Alegre, mas lá nós já somos o Extremo Sul, e lá precisamos... No bairro Lageado é mais complicado que em Belém Novo, Ver. Brasinha, V. Exª que anda sempre por aquelas regiões. Essa comunidade do meio, de Lageado, onde não existe ônibus à noite, fica tremendamente desassistida; para ir à Restinga - não é o nosso caso, porque ainda temos os dois ônibus - essa comunidade de Lageado não tem ônibus à noite; às 20h, 21h, termina o ônibus do bairro Lageado, então como é que se vai deslocar uma comunidade dessa? Então, nós temos que começar a providenciar isso também. Não estou botando culpa em ninguém, mas estou tentando - e acho que este é o nosso trabalho, o trabalho dos Vereadores -, resolver o problema desse segmento, principalmente lá na nossa comunidade - não que as outras comunidades não precisem, mas nós, no Extremo Sul, neste momento, em termos de Saúde, estamos com este problema: primeiro, Belém Novo até às 22h; segundo, Lageado não tem posto de saúde; e, terceiro, também para nossa comunidade do Extremo Sul, em especial Belém Novo, mas também a Restinga, onde todos nós, os 36 Vereadores, têm, sim, uma relação com a Restinga. Não conheço, neste momento, nenhum Vereador que não tenha ido até a Restinga. Lá tem 50 mil votos; todo mundo pensa que tem 200 mil votos, mas tem 50 mil. Mas não é sobre isso que estamos falando, Ver. Sebenelo, este não é o momento de falarmos sobre votos, porque no ano que vem não há eleição, Presidente, Ver. Dr. Goulart, que tão bem conhece a Restinga. O nosso problema, Ver. Aldacir Oliboni, por que todos nós batalhamos, todos os Vereadores, é consenso: táxi-lotação para Belém Novo e para Restinga.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente desta Casa, digno Ver. Dr. Goulart; nobres colegas Vereadoras e Vereadores, público que nos assiste, por força de ideologia, por força de pertencer a um Partido Político, do qual me orgulho muito, algumas informações da imprensa dos últimos dias faz com que a gente traga aqui algumas considerações.

Estamos notando que o PT, após as eleições, já mudou alguma coisa: sinalizou, durante a campanha eleitoral, que o salário mínimo seria 375 reais, hoje querem só dar 367 reais. O PFL, logicamente, não concorda.

A mesma coisa eu perguntaria aos dignos representantes do Partido dos Trabalhadores sobre o Bolsa Família. Eu quero entender o que é esse Bolsa Família, se esse Bolsa Família, Sr. Presidente, é uma esmola para os menos favorecidos? Ou esse Bolsa Família é uma corrupção eleitoral para compra de votos? Ou esse Bolsa Família é um direito pago aos nossos menos favorecidos, mês a mês, neste Brasil? Porque, se for um direito, meus senhores, nada mais certo do que o Senador que encaminhou um Projeto em setembro, que teve aprovado ontem, no Senado, instituir o 13º salário para o Bolsa Família. Eu acho que nós estamos em uma República, em que os direitos são iguais para todos. Se esse direito do Bolsa Família, institucionalizado não somente pelo Governo do PT, mas usado na campanha como se fosse dele, negar o direito do 13º salário é dizer que o Bolsa Família é compra de votos; negar o 13º salário do Bolsa Família é dizer que ele é demagógico; negar o 13º salário, um auxílio natalino, é a mesma coisa que dizer que ampara o pobre na festa natalina e que ele só olha os outros receberem seus presentes, ou só cheira a carne do churrasco e não pode ter acesso a ela. Então, eu acho um direito o Bolsa Família, desde que ele seja considerado como um direito, de estender, também, o 13º salário, como todos deste País ganham. Por que só os que recebem o Bolsa Família não vão ter esse direito?

Antes das eleições, o reajuste dos aposentados tinha sido aprovado na Câmara dos Deputados, e ontem, novamente, voltou para votação e foi derrubado: 16,67% para o salário mínimo, que sempre foi pago em salários mínimos aos aposentados deste Brasil - ao menos assim eles se aposentam - e deram a eles apenas 5%. Isso aconteceu depois das eleições, antes das eleições eles fizeram um empurra-empurra. O que nós estamos vendo é que essa política - não digo a política em geral, mas a política de alguns partidos deste Brasil - é muito maquiavélica; propõe as coisas para se eleger e, depois que está eleito, nega aquilo que pregou.

Da última vez, aqui, eu denunciei as ONGs do PT sobre o que acontece com a nossa Petrobras. Aliás, não é só no Brasil, é a mesma política do Sr. Evo Morales, a mesma política do Sr. Chávez, fazendo do petróleo câmbio de compra de votos. ONGs do PT, denunciadas na Globo, comprovado, usando dinheiro do povo, que paga a gasolina mais cara deste País, para benesses eleitoreiras. Este é o nosso País! E Jorge Gerdau mostrou ao Sr. Presidente que não precisa mexer com os aposentados, basta ter uma gestão enxuta, que em três, quatro anos, ele recupera. Quer dizer, Lula e os petistas, e outros, diziam que Jorge Johannpeter era um neoliberal, que não interessava a eles, e ele mostra, sem demagogia, o que é possível fazer, desde que se faça uma política de gestão liberal, social e democrata. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, na verdade eu tinha me programado para não me inscrever hoje, mas há coisas ditas aqui nesta tribuna, que é impossível não nos manifestarmos. E não é pela questão da retórica que V. Exª esteja me pautando, até porque se fosse uma retórica que trouxesse alguma coisa, mesmo por esse ponto de vista da direita, que justificasse uma teorização profunda, eu até iria respeitar, agora, esta fala que foi trazida aqui?! E eu não vim aqui para fazer defesa do PT, mas enquanto Vereadora, ativista política, eu fiquei envergonhada, apesar de que cada um tem responsabilidade sobre a sua fala. V. Exª poderia ter vindo aqui e ter dito... Aliás, deixe-me fazer um comentário antes, pois eu não sabia que o PFL tinha feito uma lógica ao contrário da questão do Consenso de Washington, do Estado mínimo; está fazendo ao contrário. Eu não sabia que todo poder é do Estado. Eu sabia que vocês tinham dado todo o poder à iniciativa privada. Mudou, então? Ora, Vereador, me poupe! Eu não sou uma pessoa tão letrada, mas o mínimo que eu conheço é que eu venho aqui para esta tribuna para dizer que a questão do Bolsa Família não pode ficar como está, que ela tem que dar um passo adiante. E que esta miséria que o seu Governo, o PFL, em especial, ajudou a construir, a sua proposta política que foi de miséria absoluta e que ajudou a organizar o desemprego neste País, e deveria agora forçar com que a iniciativa privada, como o Governo, ajudassem a fazer com que nós tenhamos renda e emprego para essas pessoas. Demagogia é um Deputado Federal, do PFL, vir sugerir isso! Vem cá, Vereador, o senhor acha que a população não sabe de onde se origina um 13º salário?! O que significa um 13º salário?! Mas que coisa mais feia! Eu estou envergonhada de ouvir uma fala e ainda vir aqui subscrever que o Bolsa Família tem que ter 13º. Me poupe! Respeite o pouco de inteligência que eu tenho e que as pessoas estão escutando. É por isso que nós somos tão desacreditados; é por uma fala que não ajuda no seu conteúdo em absolutamente nada. Nem mesmo explicar o que o senhor é, desculpe-me pela franqueza, ideologicamente falando - nada pessoal -, porque o senhor é uma bela pessoa. Ah, puxa vida, gente! Quer coisa mais demagógica! Eu já acho um caos nós termos isso pela fome e pela miséria.

Aqui, no Rio Grande do Sul, isso não é sentido, mas lá, no Nordeste, onde professores comem poeira - eu conheci pessoalmente -, ganham 10 reais por mês como professores, o Bolsa Família é um prêmio, é um abono muito grande. Agora, vir aqui subestimar a condição de um povo brasileiro, de querer convencer que um Partido que ajudou a gerar a miséria e que sempre foi servil a interesses de um lado apenas, e se colocar com o propósito de que o Bolsa Família tem de ter 13º. Ora, puxa vida, é ridículo! Eu tenho certeza de que as pessoas que estão-nos assistindo, devem estar pensando, que tem gente que está de brincadeira; que tem gente que recebe no final do mês para vir aqui dizer besteira, para brincar com a população, para brincar com a consciência e a inteligência das pessoas. Nós temos é que repudiar isso; nós, inclusive, temos de aprofundar a discussão da CNBB sobre a sua avaliação, com a qual eu concordo, de que não pode ficar apenas nisso. Agora, vir ridicularizar como se fosse uma saída, é interpretar que nós estamos aqui apenas brincando, fazendo de conta, recebemos um salário no final do mês, como se não fosse uma Casa séria.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Claudio Sebenelo).

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Eu estou no meu tempo de Liderança, Sr. Presidente; e o Ver. Claudio Sebenelo sabe que não fazer Questão de Ordem neste momento.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr.Goulart): Aguardamos V. Exª e, em seguida, passamos a palavra.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Obrigada. Então, quero dizer que a minha fala é absolutamente pessoal, e que lamento profundamente. Não vim aqui para fazer defesa de nenhuma posição, se é melhor ou não o Fome Zero ou o Bolsa Família, seja o que for. O que me deixou triste foi ouvir que Parlamentares têm a coragem de vir aqui, apesar de ser uma prerrogativa sua, e fazer uma defesa nesse nível, de achar que com uma demagogia de uma proposta como essa de 13º nós temos que ficar sentados e escutar, no meu ponto de vista, uma aberração como essa. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr.Goulart): Obrigado, Excelência.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO (Requerimento): Eu queria pedir à Mesa que solicitasse à Verª Maristela Maffei que retirasse a expressão “colegas ou Parlamentares que vêm aqui dizer besteiras, sendo pagos para isso”. Eu vou pedir que ela não só retire a expressão... Ou então que ela diga quem são os Parlamentares que dizem besteira, porque isso aí é desrespeito, é um escárnio para a Casa, feito pela própria Vereadora.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, sinceramente, isso aí não é Questão de Ordem, isso é “atravessar o samba”; isso é um desrespeito com a Câmara.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr.Goulart): Está bom. Eu acho que temos que encerrar por aqui Ver. Claudio Sebenelo.

Encerramos por aqui.

 

(Tumulto no plenário.) (Tumulto nas galerias.)

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, a Bancada do Partido dos Trabalhadores entende que o Ver. Sebenelo faltou com a ética ao chamar o colega Adeli de marginal. E nós vamos encaminhar isso, formalmente, à Mesa Diretora, à Comissão de Ética Parlamentar, se ele não retirar essas palavras, formalmente, agora, no Plenário.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, eu tenho certeza absoluta de que o Ver. Claudio Sebenelo não falou no microfone, durante a Sessão, nenhuma palavra ofensiva a qualquer outro Vereador. Nesse caso, somente poderia responder à Comissão de Ética por textos que estivessem registrados pela Taquigrafia. Não existe esse texto registrado pela Taquigrafia e, nesse caso, então, não cabe esse pedido de Comissão.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, pelo esclarecimento.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Não foi feita a ofensa em tribuna e nem no microfone, mas há testemunhas; a situação aconteceu e foi, inclusive, registrada, agora, há alguns minutos, por mim, deste microfone. Eu acredito que o Ver. Sebenelo, apesar das profundas divergências que temos, é um homem elegante e que, com certeza, deve retirar essa manifestação, para mantermos as boas relações parlamentares.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Por favor, que seja retirada a acusação a todos os Vereadores desta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu, realmente, lamento muito que volta e meia episódios como esses aconteçam nesta Casa, porque todos nós sabemos que a idéia da Câmara de Vereadores é representar - e o Ver. Ibsen Pinheiro muitas vezes fala do risco que corremos com um Parlamento que realmente represente. Acho que nessas vezes em que vemos esses fatos horríveis, essas práticas horríveis acontecerem dentro da Câmara, Ver. Ibsen, nos afastamos, deixamos de correr o risco ou corremos um risco menor de representar de maneira qualificada, adequada, eu me permito dizer, a população de Porto Alegre, que merece ser respeitada por quem é remunerado, a partir dos tributos que essa população paga, da vida que essas pessoas constroem, sendo porto-alegrenses ou não, Ver. Sebastião Melo, no solo, na terra desta Cidade. Isso me entristece e mostra que o que Luis Fernando Veríssimo afirma é correto: que ainda estamos vindo daquele animal que, teoricamente viemos, há muitos e muitos séculos.

Eu, realmente, Ver. Ismael, acho que algumas vezes nós divergimos, mas em outras vezes nós temos dificuldades de entender o processo político que o nosso País vive. Eu estava presente na Federasul, no almoço de hoje, e ouvi, não só ouvi, como prestei muita atenção em toda a fala do empresário Jorge Gerdau, e acho que a maior qualidade dele, além de todo o conhecimento teórico e prático que tem da economia, das leis do mercado, Ver. Haroldo, é ter a capacidade de reconhecer que o mundo mudou. Aqueles que não conseguem se dar conta que o nosso País mudou, que o amadurecimento político que o Brasil vive é gigantesco e que a necessidade de coalizão, para o desenvolvimento nacional, de maneira soberana, com índices de crescimento grandes, beirando os 5% - uns dizem 4,5%, outros dizem que é possível um pouquinho mais do que os 5% -, aqueles que não compreendem isso saíram derrotados do último processo eleitoral. Eu não falo por mim, eu falo pelo Presidente do seu Partido, o PFL, o Senador Jorge Bornhausen, que escreveu um artigo em que ele diz que saíram derrotados em função das práticas políticas velhas. Aqui não se trata de velhice em idade, porque esse tipo de preconceito ninguém vai dizer que eu tenho, mas de uma maneira velha de pensar a política no nosso País, de uma maneira velha de ver, de enxergar a sociedade brasileira, de uma maneira velha de pensar soluções e uniões para os problemas que o Brasil enfrenta, como o problema do baixo crescimento econômico, do crescimento a partir da geração de empregos, da poupança. Por isso, se existe um mérito na fala do empresário Jorge Gerdau - e existem outros, tenho acordo com inúmeros pontos levantados por ele, divirjo em poucos, como com relação à Reforma Trabalhista da Previdência, que eu não defendo e ele defende - é a capacidade de aprender com a história do nosso País, de reconhecer que a experiência neoliberal foi fracassada, e, como ele mesmo disse, reconheceu isso, Vereador, cabe a nós termos a capacidade de interpretar ou não. A música tem um significado de acordo com a interpretação que a gente dá, mas o autor, quando escreve a música, pensa em apenas um significado, não pensa nas interpretações.

Portanto, falar da taxa de juros, da necessidade de reduzir, “dando um pau” no risco-Brasil para 450 pontos, do Governo Fernando Henrique, criticar - não são palavras minhas, não me lembro se foi desastre ou hecatombe -, referindo-se ao Governo Germano Rigotto, é reconhecer que um tipo de administração e um tipo de visão sobre a política, a sociedade e as leis econômicas do nosso País deram errado. E que é momento, sim, de as velhas práticas serem enterradas e da nova política nacional desenvolvimentista, não-privatista, que dá ao Estado - um dos temas de maior dissertação dele foi a capacidade de investimento do Estado. Ora, defendiam que não existisse Estado no neoliberalismo! Portanto, as coisas não batem. Ou ele estava defendendo uma coisa, ou outra.

Portanto, defender a maior capacidade de investimento do Estado, defender a redução da taxa de juros, reconhecer a necessidade de que o Estado seja o responsável pela retomada do crescimento e desenvolvimento, uma vez que os empresários, na sua opinião, já cumprem a sua parte, isso tudo é reconhecer que é necessário pensar um novo modelo de superarmos a velha forma - ou a velha fórmula, porque era quase uma receita de bolo o modelo neoliberal - de se fazer política neste País. Eu acho que nós não podemos mais recair no erro de achar que o nosso Brasil é um bolo, que o nosso País, se nós misturarmos farinha, ovos, açúcar, um pouquinho de leite, um pouquinho de manteiga e colocarmos no forno, na temperatura média, Ver. João Antonio Dib, vai dar um bolo de tal tamanho. Política econômica, país, sociedade não são bolo e não crescem com receita de bolo. Crescem com dinamismo, com vontade e principalmente com convicção de que é preciso reconhecer erros, olhar para trás, mas olhar sempre para frente, envolvendo a sociedade brasileira no crescimento. E é isso que nós estamos fazendo com o Governo Lula, com o nosso Governo de coalizão política e social e com a área de desenvolvimento econômico e crescimento, gerando empregos e distribuindo renda para fazer o nosso povo mais feliz. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; colegas Vereadoras e colegas Vereadores, quero enfrentar o tema dominante aqui da tribuna hoje sob outro ângulo. Acho que os Governos que ascendem ao poder todos querem produzir uma agenda positiva. Poderia pegar várias falas, mas a do Presidente Lula, que disse que há dificuldades de o Brasil crescer 5% - ele já começou a reconhecer rapidamente que não vai acontecer isso -, dizendo que os Estados estão quebrados, que os Municípios estão quebrados, mas que a União está muito bem.

Ora, cá para nós, acho que o primeiro Governo do Fernando Henrique, Ver. Adeli, foi mais ou menos; o segundo foi muito ruim; e o “terceiro” está sendo péssimo, porque este casamento de juros altos, déficit da Previdência, pagamento extraordinário desta dívida interna - aliás, é muito pior do que a externa -, não tem como o Brasil crescer. Quero dizer, com toda a sinceridade, que estou vendo o prefácio deste novo Governo muito parecido com as coisas velhas do Governo atual. Os personagens que estão sendo sondados para as várias áreas continuam sendo do mesmo time; para esta agenda do chamado crescimento, o Presidente já deu o tom: o Ministro do Rio Grande do Sul, Tarso, avançou o sinal nesta discussão e o Presidente passou um pito nele. Só um minutinho! Quero dizer que, lamentavelmente, o nosso País, dificilmente, especialmente neste ano de 2007 - e eu não vejo nem para 2008 isso - terá o crescimento dos 5% tão debatidos e decantados nesta eleição presidencial, e quem paga o pato é o povo. Só vejo duas maneiras de incluir as pessoas decentemente: educação e desenvolvimento. E acho que a CNBB está absolutamente correta, porque se esta crítica partisse de qualquer um de nós, diriam: “Isso é discurso de quem não gosta do Governo”. Mas cá para nós, eu acompanho o PT desde o seu nascedouro; sempre o vi como um Partido libertário, das boas lutas políticas, do discurso, mas chega ao governo e o transforma num populismo e num paternalismo que a velha ARENA está se remoendo no caixão! Cá para nós, o “caminho da roça” não é o sujeito ficar na janela aguardando o tíquete do final do mês, que já está entregue ao bolicheiro da esquina, porque o vivente já gastou por conta e já deve o dobro do tíquete que vai chegar no final do mês, e ele, que poderia ganhar R$ 300,00, mesmo na informalidade, ganha R$ 100,00 pelo Bolsa Família, e pensa: “Se eu arrumar um emprego de 300 reais, eu vou perder o Bolsa Família de R$ 100,00 e o meu emprego pode não ser duradouro”.

Então, desculpem-me, o Governo se reelegeu também com isso, teve um forte apoio por causa dessa política paternalista. Mas quero dizer que o Brasil não vai-se libertar, nós não vamos ter uma Nação digna, honrada, uma juventude com oportunidade, um crescimento, porque, se eu tenho, por um lado, o Bolsa Família, eu tenho, por outro lado, indiscutivelmente, um montante de recurso extraordinário - infinitamente maior, geometricamente maior - entregue diariamente a esse sistema especulativo!

Portanto, eu acho que é um debate, sim, que permeia as Câmaras de Vereadores, os governos dos Estados.

Agora, quero dizer o seguinte: ou o Brasil produz algumas reformas, dentre elas a previdenciária; a questão da Federação, que diz respeito à reforma tributária, porque os Estados brasileiros não têm ainda, e não é só uma questão do Rio Grande do Sul, que talvez tenha um peso maior, mas é de todos os Estados brasileiros. Então, acho que o debate em alto nível desta questão é importante, porque se nós não fizermos o Brasil crescer aqui na ponta, ou seja, nos Municípios, nós não vamos ter efeito positivo. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Muito obrigado, Ver. Sebastião Melo.

A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Obrigada, Sr. Presidente; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, queríamos, também, saudar os porto-alegrenses que acompanham os trabalhos do nosso Parlamento. Queria, neste tempo de Liderança do meu Partido, comentar uma série de atividades de implantação de novas políticas públicas que estão sendo feitas na nossa Cidade através da nossa Prefeitura de Porto Alegre.

Eu registro, inicialmente, um evento extremamente significativo ocorrido esta semana em nossa Cidade, em uma parceria da Prefeitura de Porto Alegre, através da Secretaria de Governança, e da UNESCO, em que, durante dois dias, Porto Alegre recebeu dezoito entidades nacionais dos mais diversos segmentos. E os próprios dirigentes da UNESCO que vieram a Porto Alegre conhecer as experiências da nossa gestão, os conceitos da nossa democracia e a implantação dos projetos locais de participação, através da Governança Solidária local, e inúmeras entidades brasileiras, como a Fundação Bradesco, como, por exemplo, o Projeto Criança Esperança da Rede Globo; como a CUFA - Central Única das Favelas -, e dezenas de outras entidades.

O objetivo exatamente era o de trocar as tecnologias de participação democrática e de aprofundamento do caráter das parcerias públicas com a sociedade civil organizada, buscando sempre o aproveitamento do capital humano, do capital social da nossa Cidade, na busca de um desenvolvimento integrado, do desenvolvimento equânime das nossas comunidades.

Foi uma das experiências mais emocionantes, porque a transversalidade presente naquele evento e a enorme capacidade de sociativismo de Porto Alegre pôde ser expressa nas inúmeras demonstrações de trabalhos hoje desenvolvidos entre inúmeras entidades e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Eu queria ainda registrar, também com muita alegria, o sucesso das 32ª Semana da Restinga, com várias manifestações e a criação de inúmeros espaços das manifestações culturais daquele Bairro. Quero dizer também que podemos comemorar a implantação, pela Prefeitura de Porto Alegre, da telefonia sem fio, parte do Projeto Porto Alegre Digital, naquela região da Cidade.

Fala-se muito no Distrito Industrial da Restinga. Imaginem, senhoras e senhores, que após tantos anos desse marketing, não existia no bairro Restinga - um dos bairros mais importantes da nossa Cidade - o acesso à banda-larga e, portanto, essa execução da política de inclusão digital, que avançou em nossa Cidade, foi inaugurada exatamente na 32ª Semana da Restinga. É um avanço do ponto de vista da preocupação da nossa política da inclusão digital em nosso Município. Um Projeto que interligou 350 prédios, incluindo as escolas, as unidades de saúde e uma série de outras entidades e equipamentos públicos para garantir a inclusão digital e a inclusão social da população daquele Bairro.

Por último, Sr. Presidente, eu queria convidar a todos e a todas para, nos dias 29 e 30 de novembro, participarem de um encontro nacional, promovido pela Secretaria de Direitos Humanos que tratará exatamente da questão da violência de gênero e da construção de ações educativas no enfrentamento à violência contra as mulheres. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para uma Comunicação de Líder. O Ver. Cássia, no ano que vem, assumirá como Deputado Estadual na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; aqueles que nos acompanham em casa, pela televisão, e os que estão aqui acompanhando os trabalhos dos Vereadores nesta Casa, quero fazer duas referências, hoje. Uma negativa, mas tenho certeza, Ver. Sebenelo, já que hoje o Governo Federal está liberando verbas, por intermédio da Caixa Federal, para que haja maior crescimento na área habitacional.

Anteontem, nós vimos a invasão de um prédio no Centro, e nós entendemos que a forma de pressão, pela invasão, não é a forma de resolver os problemas sociais do País, e sim com políticas sociais, a médio e longo prazo, seja qual for o Governo que esteja no Poder; hoje é o PT que está no Governo Federal; antes foi o Governo Fernando Henrique; mais adiante será outro Partido.

Mas o que nós vimos nesse edifício, onde houve aquela questão da construção de um túnel para assaltar o Banrisul, o que nos chamou atenção, Ver. Dib, é que o Comandante daquele processo da invasão é um conhecido da Cidade, o Beto Aguiar, que, inclusive, se não me engano, concorreu pelo PT na eleição passada. Aí, eu fico me perguntando: essa pessoa vai viver a vida inteira assim? Será que agora o Governo Federal vai tomar uma providência, já que se trata de uma pessoa que pertence, ou pertencia ao PT, que pode estar revoltado, ou ser um rebelde, e que busca, através da força, como faz o MST no Interior do Brasil afora, para resolver a questão agrária do País, invadindo propriedades privadas? Essas pessoas pensam que, com essa pressão, vão resolver as questões habitacionais?!

Aí, eu sempre digo aqui: Será que essas pessoas estão em condições de habitar no Centro, um lugar em que se luta para respeitar os direitos do consumidor? É claro que vão dizer que todos têm direito à habitação. É verdade. Mas não é dessa forma, com pressão, com invasão, que vai se resolver o problema.

Parece-me que, agora, em se tratando de um companheiro, pode ser que se resolva essa questão habitacional nesse edifício que foi invadido. Pode ser que a Caixa Federal chegue a um consenso, a uma inteligência momentânea de suportar essa pressão e essa invasão.

Graças a Deus, eu sou Vereador desde 2000 e conheço a aldeia. Essas pessoas vêm de longe, invadindo, fazendo pressões. Quando eram do Orçamento Participativo, pressionavam o Orçamento Participativo para colocar no Orçamento vultosos valores, os quais depois não havia condições de serem suportados, porque o Orçamento não continha esse tipo de valor. Por isso o “caderninho”, é a linguagem que eles falam: “o caderno do Orçamento Participativo está cheio de demandas”. Porém, sem Orçamento não se faz nada, se não está no Orçamento. E o Orçamento Participativo agia dessa forma, colocando no caderno, e aquelas pessoas iludidas, nos bairros, achando que indo para o caderno ia para o GPO, que faz todo o planejamento das obras de Porto Alegre, das demandas do Orçamento Participativo.

Eu vejo que não é desta forma: não é prometendo, não é invadindo, mas, sim, com políticas sérias, com políticas de médio e de longo prazo, na educação, na questão social, na questão agrária, como nós falamos aqui; a Saúde está um caos no País, é tudo imediatismo, não se pensa a médio e longo prazo.

O positivo, Ver. Dr. Goulart, é que o Hospital Espírita, uma entidade que luta há muito tempo com dificuldades - o Estado muitas vezes não passa recursos, não só para o Hospital Espírita, mas está com dificuldade de passar recursos para Porto Alegre, para as cidades do Interior, para que a Saúde melhore -, fez, às 13h, Ver. Dr. Goulart, um abraço ao seu hospital; um hospital que é uma referência, um hospital que é uma tradição, que luta. Pessoas abnegadas que, não só pela comunidade do bairro Teresópolis, mas de toda Porto Alegre, até do Estado, amparam essa Entidade. E nós devemos, sim, amparar entidades para que elas possam prestar serviços de alto nível. E o Hospital Espírita é, sem dúvida, Ver. Dr. Goulart, um hospital que vem lutando com muita garra, com muitas dificuldades, mas atendendo não só Porto Alegre, mas todo o Estado; é uma referência. Parabéns ao Hospital Espírita, pois dessa forma dá um passo de solidariedade, já que no mês que vem completa 80 anos; sabem o que é isso, Ver. Dr. Goulart, Presidente? Oitenta anos lutando!?

Parabéns ao Hospital Espírita, parabéns a Porto Alegre, parabéns ao Rio Grande que tem um hospital dessa natureza, com essa qualidade e com essa luta, com essa garra! Obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Excelência. Então, não havendo mais Lideranças inscritas, peço um minuto para que a Liderança do PT, a oposição, e a Liderança do Governo, Verª Clênia Maranhão, se aproximem da Mesa para estudarmos o próximo trabalho. Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h28min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart – às 15h38min): Estão reabertos os trabalhos.

Vamos entrar direto na Ordem do Dia, conforme combinado com as Lideranças. Antes disso, lembro que faremos um teste na apresentação dos Projetos. Esse teste visa a economizar, por mês, 22.680 cópias xerox; passaremos a ter 1.296 cópias xerox. Portanto, serão apresentadas, em todas as Sessões, as atas, os expedientes e ofícios, principalmente dos pagamentos que chegam à Prefeitura, o Grande Expediente, a Pauta e as demais ações que acontecerão no dia. Os Projetos ficarão na Internet, em cada computador dos senhores. Se, por acaso, algum Vereador entender que precisa, especialmente naquele dia, de uma cópia, a Assessoria Legislativa providenciará, mas nós vamos tentar trabalhar minimizando os gastos. Se, por acaso, não se mostrar adequado, nós vamos voltar ao método antigo. Então, nas próximas Sessões, faremos um teste durante algum tempo, para ver se podemos fazer essa economia.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Em votação a proposta de votação para o dia de hoje e de amanhã, entregue para os Srs. Vereadores, conforme segue: PLL nº 179/05; Requerimento s/nº, de autoria da CEDECONDH; PLL nº 006/06; PR nº 082/06; PR nº 088/06; PLL nº 203/06; PLL nº 207/06; PLE nº 045/06; PLCE nº 003/06; PLE nº 044/06; PLL nº 028/06; PLL nº 186/06; PLL nº 082/06; PR nº 125/05; PR nº 053/03; PLCL nº 010/03; PLL nº 041/06; PR nº 132/05; PELO nº 001/06; PLL nº 032/05; PLE nº 001/03; PLCL nº 022/06; PLE nº 028/06; PLL nº 144/02; PLL nº 220/05; PLCL nº 021/06; PLCE nº 008/06; PLL nº 167/06; PLL nº 102/06; PLL nº 137/06; PLL nº 029/06 e PLL nº 063/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam a nova ordem de apreciação e votação de Projetos permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Solicito ao Ver. Luiz Braz que assuma a presidência dos trabalhos, pois temos a visita de uma instituição no gabinete. Passo a nova ordem de votação para o Ver. Luiz Braz.

 

(O Ver. Luiz Braz reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Queremos anunciar a presença do Ver. Ricardo Corrêa, de Cidreira, conhecido como Lobão. Seja bem-vindo, Lobão!

Também queremos anunciar a visita orientada do Colégio Província de São Pedro, 2ª Série. São 24 alunos que estão aqui dando-nos a honra das suas presenças, juntamente com as professoras Luciana Fava e Renata Schebella. Esta atividade faz parte do Projeto de Educação Política que o Memorial desenvolve com escolas e entidades de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Sejam muito bem-vindos à nossa Casa.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 3562/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 179/05, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que institui a Política Municipal de Prevenção, Identificação e Coibição de Práticas de Violência ou de Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Município de Porto Alegre.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- incluído na Ordem do Dia em 05-06-06;

- adiada a discussão por quatro Sessões.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 179/05 (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. s/n. – (Proc. Nº 0817/02 – CEDECONDH) – requer a indicação das funcionárias Carmem Lopes e Cristina Nardelli de Moraes Torres, como titulares, e dos funcionários Adalberto Gomes Fontoura Jr. e José Valdir Rodrigues da Silva, como suplentes, na representação deste Legislativo junto ao Conselho Municipal de Assistência Social de Porto Alegre.  (incluído em 25-10-06)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o Requerimento s/nº, de autoria da CEDECONDH (Processo nº 0817/02.) (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 3566/06 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 082/06, de autoria da Bancada do Partido Democrático Trabalhista, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha à Educadora Isoly Cademartori.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM,  em 13-11-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PR nº 082/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Eu pediria para o Ver. Haroldo de Souza, por favor, vir até a Mesa para que eu possa, durante três minutos, ausentar-me do comando da Sessão.

 

(O Ver. Haroldo de Souza assume a presidência dos trabalhos.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 4075/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 088/06, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de Honra ao Mérito Atlético ao Senhor Edmundo Giffoni.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 16-11-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em discussão o PR nº 088/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 4674/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 203/06, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Padre Miguel Ollé Rovira.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 16-11-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em discussão o PLL nº 203/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 4746/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 207/06, de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Professor Doutor Jaider Batista da Silva.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 16-11-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em discussão o PLL nº 207/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 4820/06 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 044/06, que autoriza a alienação de bem dominical localizado no quarteirão formado pela Av. Ipiranga, Rua Manoelito de Ornellas e pelo leito projetado pelas Avenidas Dolores Alcaraz Caldas e Edvaldo Pereira Paiva, Bairro Praia de Belas, nesta Capital.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,     § 1º, VIII, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 16-11-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLE nº 044/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, o PLE nº 044/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 4860/06 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 045/06, que autoriza a abertura de créditos adicionais especiais no orçamento da Administração Direta - Encargos Gerais do Município e do PREVIMPA.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 16-11-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLE nº 045/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 3868/06 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 003/06, que altera e revoga dispositivos da Lei Complementar nº 460, de 22 de dezembro de 2000, e dá outras providências.(Fundo Municipal de Reaparelhamento do Corpo de Bombeiros)

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 16-11-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLCE nº 003/06. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCE nº 003/06. (Pausa.)

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente, colegas Vereadores, Vereadoras, a questão do Funrebom, o Fundo de Reaparelhamento para o Corpo de Bombeiros, é um Projeto importante. É uma pena que, quando estava na minha mesa, ainda dentro do prazo, eu já tinha feito um Parecer, em que eu alertava, Verª Clênia Maranhão, apenas para algumas questões, porque no Projeto fala, por exemplo, na questão de cursos e de aperfeiçoamento. Nós somos totalmente favoráveis, é evidente, mas nós também queremos ter o acompanhamento desse tipo de curso, porque nós temos visto, com certa freqüência, algumas atividades ditas de formação, em que eu tenho lá as minhas dúvidas.

Há dias, eu li, no Diário Oficial do Município, Vereadora Líder da minha Bancada, Verª Sofia Cavedon, um gasto que foi feito com profissionais da comunicação da Prefeitura com uma determinada instituição. Pareceu-me um custo exageradamente alto, não estava claro, no Diário Oficial, o tipo de atividade que era, e isso nos preocupa. Foi isso que eu redigi no meu Parecer. E antes de findar o prazo, na minha Comissão, foi pedido o artigo de urgência, urgentíssima, art. 81.

Nós, da Bancada do PT, não vamos obstar, não vamos opor absolutamente nada em relação a esse Projeto, mas estamos fazendo algumas ponderações. Eu quero, inclusive, dizer para a Bancada do Governo que a Bancada do Partido dos Trabalhadores lê o Diário Oficial, como o Ver. João Antonio Dib sempre faz, quando nós éramos Governo, e continua lendo hoje também. Isso é um aprendizado que tivemos com o ex-Prefeito Dib, nosso nobre colega, porque eu acho que a situação e a oposição têm a obrigação de verificar pari passu o que se passa na Administração.

Então nós vamos ter todos os cuidados, nós queremos saber, exatamente, a questão dos gastos do Funrebom. Nós vamos aprovar e, na metade do ano que vem, Ver. Carlos Todeschini, nós faremos um Pedido de Informações para termos um panorama de todos os gastos do Funrebom, onde efetivamente isso foi utilizado, porque eu acho que a cidadania tem o direito de saber. Então eu quero colocar essa posição aqui, neste debate inicial, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, que é oposição, mas não faz oposição e nem futrica, mas está comprometida com a cidadania de Porto Alegre.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLCE nº 003/06.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, ouvi atentamente a fala do Ver. Adeli, porque ele foi daqueles que acompanharam de perto, na Legislatura passada, e na anterior - não é, Vereador? -, a briga de inúmeros Vereadores, entre eles, a Verª Clênia Maranhão, relativa à questão do Funrebom. Durante muitos anos nós entendemos como inadmissível o Governo Municipal não enfrentar essa proposição legítima que já ocorre em diversos Municípios de nosso País. Lembro-me que, todos os anos, os bombeiros vinham a esta Casa, apresentavam as propostas, eram feitas emendas, e nunca eram contemplados com a questão do Funrebom. Quando nós falamos na questão do Funrebom, é importante para aquele que nos assiste em casa saber um pouquinho o que é esse Fundo Municipal de Reaparelhamento do Corpo de Bombeiros. Na realidade, ele permite trazer mais subsídios em termos financeiros para uma operação especificamente dos bombeiros.

Por exemplo, muitas vezes, na sua residência, há uma árvore que não pode ser cortada a não ser com uma autorização da SMAM. A SMAM autoriza, e nós não temos pessoas preparadas para fazer isso. Basta entrar em contato com o Corpo de Bombeiros, existe um valor cobrado, por hora, por aquele trabalho, com a garantia e o zelo da Brigada Militar, e a pessoa simplesmente emite um boleto pelo valor, deposita no banco, e esse dinheiro vai, especificamente, para a questão do Funrebom. Como acontece com a questão da fiscalização das obras, que hoje exige que a fiscalização tenha de passar pelos bombeiros. Então, esse é um manancial de recursos que pode trazer um aporte maior, e, ao mesmo tempo, esse dinheiro entra e vai direto para esse Fundo.

O Ver. Adeli colocou uma coisa que eu acho importante, que é o acompanhamento; de que forma e que destino está sendo repassado para fazer essas obras. Lembro-me de que, por exemplo, os Bombeiros precisavam de um barco - quando se fala no Corpo de Bombeiros, imediatamente vem a visão do fogo, mas eles fazem toda a questão dos serviços, inclusive, do nosso lago Guaíba -, e não tinham, e, através desses recursos, muito poderá, então, ser incrementado, como todo o equipamento, roupas especificas para a questão dos Bombeiros.

Aqui, no Rio Grande do Sul, o primeiro a ter uma lei específica foi o Município de Novo Hamburgo. Então eu entendo salutar a iniciativa do Governo Municipal, porque vamos colocar finalmente esse assunto no lugar que ele merece. E, claro, que nós, Vereadores, temos que estar atentos para, à medida que o fundo entra em funcionamento, à medida que a legislação começa a vigorar, podermos, depois, se for o caso, fazer pequenas alterações, como muitas vezes ocorre.

Agora eu quero só mais uma vez ressaltar a importância para o Município de Porto Alegre, para os Bombeiros, principalmente, esse segmento que vai trazer um aporte financeiro, e quem vai lucrar com isso, em termos de segurança, podem ter a certeza, que serão aproximadamente um milhão e quinhentos mil habitantes. Obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação nominal, solicitada pela Verª Maristela Maffei, o PLCE nº 003/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 25 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0837/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 028/06, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que institui o Dia Municipal da Caminhada, cuja finalidade é incentivar a prática de atividades físicas, a ocorrer, anualmente, no dia 21 de setembro, que passará a integrar o Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre. Com Emenda n. 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Carlos Comassetto: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda n. 01;

- da CEFOR. Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01;

- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01;

- da COSMAM. Relator Ver. Claudio Sebenelo: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 09-11-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 028/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 028/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 4271/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 186/06, de autoria do Ver. Elias Vidal, que institui, no Município de Porto Alegre, a “Semana do Mutirão de Natal”, a ser realizada, anualmente, na segunda semana que antecede o Natal, com a finalidade de arrecadar alimentos, roupas e brinquedos para doação a pessoas carentes, e estabelece a adesão como forma de participação e organização do evento.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 01-11-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 186/06. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLL nº 186/06.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadores e colegas Vereadoras, nós há muito tempo em Porto Alegre temos uma instituição, a Fundação, que antigamente se chamava FESC, e hoje passa a se chamar de FASC, nossa Fundação de Assistência Sócio-Comunitária, que tem uma Direção indicada pelo Sr. Prefeito Municipal.

Eu acho, meu caro amigo Elias Vidal, que a gente deveria ter um procedimento mais permanente na Fundação. Não que eu me oponha ao seu Projeto; eu tenho dúvidas sobre a sua funcionalidade, porque, na época do Natal, Vereador, muitas instituições fazem esse tipo de atividade, mas, tirando as festas natalinas, muitas dessas famílias a quem V. Exª quer que sejam doados alimentos, por exemplo, ficam com grande dificuldade, porque algumas atividades que deveriam ser feitas não estão sendo realizadas. Nós temos, desde dezembro de 2004, cozinhas comunitárias, grandes, boas, equipamentos de primeira linha não sendo utilizados. Até agora três ou quatro cozinhas, parece-me, das 25, foram recentemente montadas, porque até nas comunidades nós temos problemas com alguns espaços, e ainda temos alguns critérios na área da vigilância, na área do planejamento da própria SMOV que dificultam para serem instaladas essas cozinhas comunitárias. Não estou culpando o seu Governo, estou apenas sinalizando que nós temos em torno de 20 cozinhas comunitárias sem estarem instaladas. As hortas comunitárias que vinham sendo trabalhadas - inclusive quando estive à frente da SMIC nós demos um incremento a essas hortas comunitárias - carecem, hoje, de uma política, porque esse trabalho não pode ser feito apenas pela SMIC, ele tem que ser feito pela SMIC, pelo DMLU - que fornece o adubo -, pela SMAM, que em alguns casos pode fornecer mudas, e também, evidentemente, pela FASC, porque trata-se de uma questão, fundamentalmente, na área da garantia de alimentação para essas pessoas, essas famílias carentes. Então, parece-me, Ver. Elias, que nós deveríamos discutir - e V. Exª é da base do Governo, do Partido do Prefeito - não propriamente um Projeto, mas um plano para que, no ano que vem, a gente possa ter uma retomada das hortas comunitárias, que infelizmente o seu Governo abandonou. Acho que isso foi um equívoco, V. Exª é uma pessoa preocupada com a segurança alimentar e deveria tomar a si, como defensor do Governo Municipal, a retomada dessa questão, até porque o senhor tem um Projeto interessante, protocolado aqui alguns anos atrás, sobre a produção em hidroponia - creio que esse é o nome correto e técnico. Como eu sei que V. Exª tem preocupações com a segurança alimentar, eu quero lhe fazer uma cobrança, uma crítica muito sincera, no sentido de que devemos retomar essa questão das hortas comunitárias; eu serei um parceiro de Vossa Excelência. E, como disse a Verª Neuza Canabarro, que já foi Secretária, que tratou da questão da alimentação para as nossas crianças, eu sei que o Ver. Elias está com esta preocupação de falar, de atender às carências que existem, mas eu creio que nós deveríamos discutir essa questão 365 dias por ano.

Se alguém da minha Bancada pudesse se inscrever, eu continuaria fazendo este debate...

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Sofia Cavedon se inscreve e cede o seu tempo ao Ver. Adeli Sell.

 

O SR. ADELI SELL: Mas se o Vereador quiser fazer um aparte, o debate, para mim, é importante, porque, como V. Exª está vendo, Ver. Elias Vidal, eu não estou me opondo ao seu Projeto, estou apenas fazendo algumas considerações, inclusive sobre as cozinhas comunitárias, minha Líder, Sofia. Eu quero insistir com o Ver. Elias, que tem essa preocupação, no sentido de que essas cozinhas não fiquem mais sem ser utilizadas. Nós temos que fazer um grande mutirão; fazer, digamos, uma abertura de um edital, para que as instituições comunitárias se inscrevam, e nós, de uma forma transparente, podermos acompanhar esse processo da colocação das cozinhas comunitárias e, dessa maneira, nós poderemos, inclusive, contribuir, ir ao encontro dessas instituições, Pastor Almerindo, ajudando, através das igrejas, através das comunidades, a achar locais apropriados para que essas cozinhas sejam instaladas.

 

A Sra. Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli, eu, com muita propriedade, lembro das cozinhas comunitárias, porque acho que esse é um dos temas, junto com vários outros, que vêm caracterizando o Governo Fogaça, que não está conseguindo imprimir um ritmo de gestão que consiga fazer com que, pelo menos, os recursos do Governo Federal sejam aproveitados nesta Cidade. Na área da Assistência Social, mais de dois milhões foram devolvidos; na área da Saúde, 440 mil devolvidos; e quanto às cozinhas comunitárias, há dois anos, se não me engano, há duas que foram instaladas - há dois anos estão nos depósitos desta Cidade. Então, a Cidade, que não é uma Cidade que faz caridade pontual, é uma Cidade que construiu uma rede de ação comunitária, quer dizer, de construção da própria comunidade, lá nas comunidades, de alternativas de geração de renda solidária, está deixando de receber esse aporte fundamental. Isso, para mim, é incompetência de gestão e falta de prioridade.

 

O SR. ADELI SELL: No caso, se nós aprovarmos, hoje, o Projeto, Ver. Vidal, nós podemos ter a sanção do Prefeito, e ainda fazer esse evento este ano. Mas eu pergunto o seguinte: dia 2 de janeiro, as crianças vão estar em férias, mas, em março, voltarão; nós tínhamos feito todo um procedimento de comprar hortifrutigranjeiros dos produtores da Zona Sul. Eu me lembro que a Verª Sofia e eu estivemos no Chapéu do Sol, com produtos de alta qualidade, comprados diretamente, porque as escolas recebem um determinado valor, e nós, aqui, podemos, com o nosso produtor... Eu conheço uma produtora que trabalhou comigo no meu gabinete, da Lomba do Pinheiro, tem nota de produtor, eu acho que se chama “Modelo Cinco”, se não me engano, é assim que se chama a nota do produtor... Então, pode vender diretamente para a escola.

Nós teríamos que ter, Ver. Vidal, muito mais atividades permanentes; ter esse procedimento 365 dias por ano, senão parece um negócio meio populista, ou seja, fazer esse negócio na véspera do Natal. Eu acho que esse espírito é importante. Nós somos pessoas que temos crença na solidariedade, na fraternidade universal, mas nós precisamos ter políticas reais e concretas, porque as pessoas se alimentam 365 dias por ano.

 

A Sra. Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli Sell, eu me permito dialogar com V. Exª, porque acho que fizemos juntos esse bonito projeto da compra direta de produtos. Não só a alimentação na escola melhorou muito, como nós passamos, nas três escolas da Zona Sul, a produzir conhecimento novo na utilização dos alimentos, com o reaproveitamento das cascas e dos talos. Então, a alimentação se tornou melhor. Houve oficinas com os pais, na Chapéu do Sol, na Ponta Grossa, na escola infantil. Isso tudo se perdeu. A nova gestão da SMED não conseguiu implementar, porque, primeiro, argumentou que não tinha base jurídica. Nós fizemos, porque é um repasse para o conselho escolar, e depois nós transformamos em lei, Ver. Adeli Sell. Hoje, em Porto Alegre, há uma lei, votada por esta Câmara, que estabelece que a prioridade de compra de produtos hortigranjeiros deverá ser de agricultores para a alimentação escolar. E nós não vemos isso. E aí o Governo Federal - V. Exª pode falar um pouquinho mais - já está viabilizando isso através de um programa do Governo Federal: a compra de produtos e a entrega a entidades sociais. Quer dizer, tem todo o respaldo; falta vontade política para realizar. Isso fomentaria a produção de alimentos nas regiões da Cidade.

 

O SR. ADELI SELL: Inclusive, eu me proponho a ser intermediário entre a Administração e a Conab, que tem uma experiência, no Rio Grande do Sul na compra de produtos inclusive para as escolas do Estado. Então, nós temos uma experiência acumulada; tem um órgão do Governo Federal. Não é um órgão do Governo do Lula, é um órgão da Nação. Portanto, pode ser efetivamente utilizado.

Ver. Elias Vidal, eu quero me colocar ao seu dispor para que a gente possa trabalhar alguns temas, que não são temas nem do Ver. Adeli Sell, nem da Verª Sofia Cavedon, nem do Ver. Elias Vidal, são temas da Cidade. Eu acho que a questão da segurança alimentar, do bem estar e da solidariedade são temas universais e são de todos nós. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para discutir o PLL nº 186/06.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quanto ao que falou aqui o Ver. Adeli Sell, eu acho que uma coisa não inviabiliza a outra; são assuntos que estão interligados, mas que não é necessariamente a mesma coisa. Uma coisa é uma política alimentar, algo que é bem mais complexo e que independe de Governo, de causa, de ideologia, porque a fome quando bate no estômago independe de religião, de cor partidária. O que estamos falando aqui em termos de projeto, “Mutirão de Natal”, é uma ação de forma mais legalizada ao que já acontece todos os anos de forma independente. Há várias frentes na área social, de muitas instituições, associações, igrejas, empresas, escolas.

O mutirão de Natal, da forma como está sendo conduzido, já é o quarto ano que é feito no Rio Grande do Sul. Tudo começou no Rio de Janeiro, há mais de dez anos, e todos os anos há um grande mutirão no Brasil. Chegou há quatro anos no Rio Grande do Sul - e tive o prazer e o privilégio de coordenar uma das quatro equipes aqui do Estado do Rio Grande do Sul -, aderindo cada vez mais pessoas nesse mutirão, e isso não inviabiliza as outras frentes de trabalho.

O último mutirão de Natal levantou, no Estado, algo em torno de quase meio milhão de toneladas de alimentos. Agora, se pensarmos como V. Exª colocou, não podemos, então, fazer a semana de conscientização de doação de sangue, que é do Projeto Mais Vida, uma campanha em véspera de Páscoa, que tem a ver com sangue, o sacrifício, alguma analogia sobre a vida, e dizer que é oportunismo, não; foi uma campanha que conseguiu 65 mil doadores de sangue no Brasil. Segundo os hemocentros, a maior campanha de doação de sangue na história do Brasil, com o apoio do Senado, da Câmara Federal, aqui no Rio Grande do Sul. Então, vamos dizer assim: isso não faz sentido, porque é véspera de um grande evento. Então, por isso nós deixaríamos de ter 65 mil pessoas doadoras, Ver. Luiz Braz, numa campanha?

Agora, políticas sobre cozinha industrial popular, comunitária, este Vereador deu a sua parcela, porque eu fui um dos Vereadores que buscou 100 mil reais em Brasília que foram destinados à cozinha comunitária aqui, em Porto Alegre, Ver. Adeli Sell. Este Vereador contribuiu - dando continuidade àquele trabalho, que V. Exª acha que é tão importante, tão necessário, e eu também acho - com um recurso de 100 mil reais para a cozinha comunitária. Então, como Vereador, dei também a minha parcela nesse sentido que é também a minha preocupação. Agora, isso não inviabiliza, não invalida a necessidade de aproveitarmos a oportunidade para tornarmos o grande momento, um guarda-chuva de engajamento de todas as forças. Então - e me perdoe - penso que V. Exª está equivocado num aspecto, e quanto à sua preocupação, faz sentido, sim, que precisamos discutir. Este Vereador trouxe o Projeto das Hortas Hidropônicas. Agora, uma coisa não dá para dizer, que isso não pode porque vai atrapalhar a outra. Eu acho que são políticas diferenciadas num contexto e que todas elas têm a sua faceta, têm o seu ponto de vista e que têm que ser trabalhado.

Então, este Vereador contribuiu no sentido das cozinhas comunitárias, na busca de um recurso de 100 mil reais e eu acho que isso não invalida o esforço de um mutirão de Natal. Temos o exemplo da Rede Globo que tem entrado nessa campanha com seus artistas. Penso que todas as forças possíveis são necessárias, são importantes, inclusive da imprensa, por isso que se diz mutirão de Natal. Não pertence a ninguém, é para todos que se engajam, que se somam na luta do bem. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 186/06.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu, realmente, tenho algum constrangimento do que eu vou falar agora. Nós estamos votando o décimo Projeto de Lei na tarde de hoje e, incrivelmente, apenas um passou nas Comissões, nove estão sendo votados pelo fatídico art. 81 da Lei Orgânica. O que está acontecendo nesta Casa? Nós fazemos projetos em excesso? As leis são feitas, como histórias em quadrinhos, em quantidade para agradar? Deve ser isso! Nove em dez não têm todos os pareceres e alguns não têm nenhum parecer. Alguns têm mais de trinta dias na Casa. Eu não sei se a Casa vive em função dos Vereadores ou se os Vereadores vivem para a Casa! Analisando os Projetos, dando as suas opiniões às Comissões ou se apenas vem aqui, pede o art. 81, e vai para a tribuna, porque há outros projetos, Sr. Presidente, com cinco anos, com todos os pareceres e não são votados. O que está acontecendo? Projetos importantes, hoje, foram votados com o art 81. Claro que há Vereadores que examinaram e não estão preocupados, senão teriam falado. Mas eu acho que há necessidade de um pouco mais de responsabilidade. Depois brigam comigo quando eu digo que teria que ter menos Vereadores. Se tivessem 21 Vereadores, como quando entrei nesta Casa, talvez tivéssemos menos leis, como naquele tempo tinha, e só havia três Comissões: a de Justiça, a de Serviços Municipais e a de Finanças. Todos os problemas da Cidade eram resolvidos com pareceres. Raramente usava-se o artigo semelhante ao art. 81, porque a Lei Orgânica, naquele momento, era diferente da atual, mas também havia um artigo que dizia que depois de 45 dias de ingresso poderia ser pedido para entrar na Ordem do Dia. Raramente acontecia isso.

O Ver. Elias Vidal está com o seu Projeto em discussão agora. Foi distribuído no dia 30 de outubro, e um mês depois entrou na Ordem do Dia. Hoje, 21 dias após, está sendo votado sem nenhum parecer. Ora, nesses 50 dias teria condições de ter parecer e nós poderíamos ter que discutir menos no Plenário. Mas, de qualquer forma, eu tenho todas as dúvidas do mundo em votar mais, mais e mais. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para discutir o PLL nº 186/06.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, nós estamos aqui discutindo um Projeto de Lei de autoria do Ver. Elias Vidal, meu companheiro de Partido, que procura exatamente exercitar a solidariedade num período em que a sociedade se mobiliza muito em cima das ações solidárias, que é o período do Natal.

Então, preliminarmente, eu queria dizer, Vereador, que sou favorável ao seu Projeto, porque qualquer ação de incentivo à solidariedade em uma sociedade tão deficiente de políticas como a nossa, acho que ela é sempre muito bem-vinda.

Mas eu vou me referir aqui ao debate político extremamente interessante que trouxe o Ver. Adeli Sell a este Plenário, acrescido da Verª Sofia Cavedon, que acabou enveredando no debate sobre a questão das políticas públicas assistenciais e as políticas na área da alimentação, trazendo, inclusive, a problemática da questão das cozinhas comunitárias da nossa Cidade.

Eu queria lembrar que, quando nós assumimos a Prefeitura de Porto Alegre, apenas três cozinhas comunitárias tinham sido implantadas na Cidade, uma na Lomba do Pinheiro e mais duas. As demais cozinhas estavam armazenadas em depósitos, guardadas, e não havia sequer uma previsão orçamentária para implantá-las. Não é incrível? Tinham recebido um monte de cozinhas, estavam encaixotadas e não havia nenhuma política financeira para implantá-las.

Foi preciso que nós, dentro do nosso conceito de governança, de construção de parcerias, déssemos andamento à política de solução dessa dívida social na área de política alimentar, quando nós recebemos a Prefeitura. E a Secretaria de Governança iniciou um processo de articulação com a comunidade para a implantação das políticas de segurança alimentar em nosso Município.

Quero, inclusive, lembrar que nós temos em pleno funcionamento o Programa Fome Zero e o Conselho de Segurança Alimentar, que é o órgão que capacita e dá qualidade à implantação das políticas de segurança alimentar no nosso Município.

Quero dizer, também, que foi na nossa gestão que começamos a contratar e a contar com o trabalho das nutricionistas para uma proposta, para execução de uma política de segurança alimentar com qualidade.

A segunda questão é que, infelizmente, o Ver. Adeli não está acompanhando todo o processo. Pelo menos em relação à Ilha da Pintada ele está sabendo da competência da nossa política, porque ele vai visitá-la. Inclusive, amanhã, está agendada uma reunião com o CAR local da Ilha da Pintada, exatamente para conhecer a política da SMIC - da Secretaria de Indústria e Comércio -, que trabalha com a questão das hortas comunitárias, que também é uma política muito interessante, comunitária, pois trabalha com políticas orgânicas no nosso Município.

E, ainda, no dia 8, se outras Vereadoras ou outros Vereadores tiverem interesse em conhecer novas ações construídas pela Secretaria de Governança da nossa Prefeitura nessa área, será inaugurada mais uma cozinha comunitária no Centro Vita. Depois, será inaugurada mais uma na Vila Timbaúva; na Vila Ipê - São Borja; no Morro da Cruz; na Vila Pinto; na Vila Cruzeiro; na Região Noroeste. Ou seja, é apenas uma questão de se dispor a acompanhar os trabalhos de parceria que hoje já estão em andamento, com grande sucesso, na área de segurança alimentar, implantados pela Prefeitura de Porto Alegre em parceria com a comunidade.

Também quero comunicar que, no nosso Governo, há, sim, Orçamento para essa política, e que isso já está previsto nas articulações feitas para o próximo ano.

Então, eu agradeço pela possibilidade de, também, dar mais visibilidade a essa política pública direcionada àqueles que mais precisam e que está implantada na área de segurança alimentar do nosso Município.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Encerrada a discussão.

Em votação nominal, por solicitação do Ver. Haroldo de Souza, o PLL nº 186/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 16 votos SIM e 4 ABSTENÇÕES.

Apregôo as seguintes Emendas: Emenda nº 05, ao PLCE nº 008/06, de autoria da Verª Clênia Maranhão, que altera, inclui e revoga dispositivos da Lei Complementar nº 07, de 7 de dezembro de 1973.

Emenda nº 06, também ao PLCE nº 008/06, também de autoria da Verª Clênia Maranhão, que altera, inclui e revoga dispositivos da Lei Complementar nº 07, de 7 de dezembro de 1973.

Emenda nº 07, de autoria da Verª Clênia Maranhão e do Ver. Bernardino Vendruscolo, também ao PLCE nº 008/06, que altera, inclui e revoga dispositivos da Lei Complementar nº 07, de 07 de dezembro de 1973.

Apregôo a Emenda nº 01 ao Substitutivo nº 02 do PLCL nº 043/05, que disciplina a circulação de veículos de tração animal no Município de Porto Alegre e dá outras providências, de autoria do Ver. Raul Carrion, Líder do PCdoB.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 2096/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 082/06, de autoria dos Vereadores Raul Carrion e Manuela d'Ávila, que institui a Semana do Conjunto Habitacional Rubem Berta, no período compreendido entre os dias 16 e 22 de abril, passando a integrar o Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre. Com Emendas nos. 01 e 02.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emendas nos 01 e 02.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art 81 da LOM, em 06-11-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 082/06. (Pausa.) O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir o PLL nº 082/06.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver Luiz Braz, que preside os trabalhos nesta tarde, demais Vereadores e Vereadoras, este Projeto de minha lavra e da Verª Manuela se deu a partir do pedido de lideranças e moradores do Conjunto Habitacional Rubem Berta, que, em torno de 14 anos, realizam, na semana do dia 22 de abril, uma grande festa no Bairro, que mobiliza toda a região. O motivo dessa festa é que o Conjunto Habitacional Rubem Berta havia sido abandonado no meio das obras, havia ocorrido a falência do Grupo Habitasul/Guerino, e os prédios estavam se deteriorando. Em 1987, havia cerca de 22 mil unidades abandonadas, e a população, assim como ocorreu em toda a Grande Porto Alegre, as ocupou, e, a partir daí, surgiram os bairros também; no dia 22 de abril ocorreu essa ocupação no Rubem Berta. Em função disso, a população festeja a retomada do conjunto que hoje abrange em torno de cinco mil apartamentos, mais de seiscentas casas nas áreas circundantes aos prédios, três linhas de ônibus, uma linha de lotação, CTG, posto de saúde, Brigada Militar, uma escola municipal, uma escola estadual - foi quitado e foram dados os títulos em 2000, durante o Governo Olívio, numa grande regularização fundiária -, a escola de samba Imperatriz Dona Leopoldina, em suma, mais de trezentos comércios. Temos também um suplente de Vereador, o companheiro Mauro, que é comerciante lá - acho que não chegará a assumir -, do PT, e o Paulinho Rubem Berta, do PPS, Suplente de Vereador. Portanto é um Bairro consolidado com cerca de 30 mil pessoas.

E o objetivo, então, é que, essa semana que já existe - não estamos criando nada novo - seja oficializada, Ver. Bernardino, seja colocada no calendário oficial, da mesma forma de outras semanas que já temos em Porto Alegre; vou citar algumas: Semana do Menino Deus, Semana do Partenon, Semana da Restinga. E na Restinga, Ver. Todeschini, há uma particularidade: temos a Semana da Restinga, que é no período do final do ano, e temos a Semana Cívica da Restinga, que é durante a Semana da Pátria.

Então, na verdade, é um Projeto muito simples para o qual nós fizemos duas Emendas. A primeira Emenda foi porque dissemos no Projeto que a programação será organizada por uma comissão composta majoritariamente por representantes da comunidade, contemplando todos os segmentos da cultura, do esporte e lazer do conjunto habitacional, e também para trazer um destaque especial a Amorb, que tem sido uma das principais organizadoras. Então, nessa Emenda, a primeira, nós afirmamos que, entre essas entidades, necessariamente a Amorb - Associação Comunitária dos Moradores do Conjunto Residencial Rubem Berta - deverá participar.

E, da segunda Emenda, nós retiramos três artigos, devido a uma observação da Procuradoria, sobre a qual temos discordância - mas não insistimos para não ter problemas -, que dizia que o Executivo ajudaria na organização através do CAR, que regulamentaria o Projeto. Então, retiramos isso antes do Parecer da CCJ, e o nosso eminente Ver. Ibsen Pinheiro, que brevemente voltará à Câmara Federal, deu o seu Parecer, já com as nossas Emendas, da inexistência de óbice.

Não há nenhum problema quanto à legalidade e organicidade, e, por outra parte, é uma comunidade extremamente valorosa, com dois Suplentes de Vereador, que são o Ver. Mauro e o Ver. Paulinho Rubem Berta; com uma estrutura consolidada, uma festa consolidada. Aliás, a Verª Clênia Maranhão esteve este ano lá na festa; creio que o Ver. Sebastião Melo também esteve lá - tenho lembrança -; a Verª Manuela e eu estivemos. Então nós pedimos o apoio e a aprovação dos colegas. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 082/06.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; demais Vereadores e Vereadoras, público presente, também venho aqui fazer a minha manifestação em solidariedade ao Projeto do Ver. Raul Carrion, que cria, no calendário de Porto Alegre, a Semana do Bairro Rubem Berta. O Bairro Rubem Berta foi um empreendimento que, depois de três anos abandonado pela construtora, foi ocupado em 1987 através de ações organizadas pelo movimento popular. Consta, só no Conjunto Habitacional Rubem Berta, a existência de 4.994 apartamentos. Tenho um carinho todo especial por aquele Bairro porque, à época em que o Prefeito Tarso Genro esteve à frente do primeiro Governo, de 1992 a 1996, houve um período em que fui designado como gerente do Projeto da regularização da Cohab - Rubem Berta. E nós enfrentamos uma situação muito delicada, porque lá grassava a violência, grassavam todos os desmandos; as pessoas resolviam basicamente à força, na violência e à bala as divergências, as polêmicas, o que não estava regrado. E constituímos, através do GT Rubem Berta, que funcionou até há pouco tempo, uma tratativa com todos os mais de 80 síndicos - eu lembro que há 16 apartamentos em cada bloco, e cada bloco tinha o seu síndico -, com os quais tínhamos uma reunião permanente que envolvia uma interdisciplinaridade de todos os órgãos da Prefeitura, mais a comunidade. Recordo bem que em 1998, época em que o Vice-Prefeito José Fortunati estava no exercício da Prefeitura, em conjunto com o liquidante da Cohab, foi feita a entrega das primeiras escrituras, depois de um longo e exaustivo trabalho. O Rubem Berta evoluiu muito, Ver. Raul Carrion; é um Bairro dotado de muita infra-estrutura, como muito bem V. Exª disse, são mais de 30 mil pessoas, porque são os 4.994 blocos, mais as duas mil economias, ou familiares, ou comerciais e industriais que se localizam nos espaços intersticiais. Foi um belíssimo trabalho de participação, de concertação, feito em conjunto com aquela comunidade. Hoje é uma comunidade que tem auto-estima, que tem regras, que tem segurança e que tem bons equipamentos públicos: as creches - são cinco; o posto de saúde, o posto da Brigada Militar, as igrejas, enfim, uma cidade que talvez seja maior que a grande maioria ou 80% das cidades do Rio Grande do Sul.

 

O Sr. João Carlos Nedel: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu gostaria de lembrar V. Exª que o Rubem Berta não é somente aquele condomínio e a Cohab, mas também o Parque dos Maias, o Santa Fé, a Vila Santa Rosa, vários. O Bairro Rubem Berta é muito grande e tem inúmeras comunidades lá, mas é muito importante a aprovação deste Projeto, porque engloba todo o Bairro. Parabéns!

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado pelo aparte. De fato, estamos tratando do Bairro Rubem Berta, que envolve as vilas e áreas adjacentes à Cohab - Rubem Berta. É um número muito expressivo de pessoas, de economias - economias residenciais, economias comerciais, economias industriais; de trabalhadores, de uma população muito representativa da cidade de Porto Alegre. Por isso estamos muito tranqüilos em aprovar o Projeto e ajudar a reconhecer e dotar aquela comunidade de uma valorização, de um destaque e de uma auto-estima maior, porque nós podemos observar que com a evolução, com essas melhorias houve um ganho geral para aquela comunidade e para a Cidade como um todo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Nós queremos saudar os Vereadores Roberto Martins e Luiz Carlos Ramos, ambos do Partido Progressista, de Ibirapuitã; também o Ver. Marco Aurelio Cunha Santos, do PMDB, de São Sepé, e o Ver. Marco Antônio da Silveira Filipini, do PSDB, Presidente da Câmara de São Sepé. São muito bem-vindos a esta Casa! (Palmas.)

A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para discutir o PLL nº 082/06.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, fiz questão de fazer uma discussão sobre este Projeto de Lei que institui a Semana do bairro Rubem Berta, do Conjunto Habitacional Rubem Berta. Porto Alegre é uma cidade associativista: a história de Porto Alegre é construída pelas entidades e pela organização dessas entidades na defesa dos interesses locais ou dos interesses temáticos. Porém, o bairro Rubem Berta é um dos bairros onde a questão da solidariedade tem-se transformado num modelo. Eu estive recentemente naquele Bairro - vou lá com freqüência, inclusive porque esta Casa tem um suplente de Vereador da minha Bancada, o Paulinho, que lá preside uma associação - e pude conhecer mais de perto o Programa Mudando a Cara. É muito interessante, porque eles trabalham com um conceito extremamente moderno na busca da solução dos seus problemas. A Associação dos Moradores do Bairro Rubem Berta, em vez de ficar esperando a solução dos poderes públicos, se constituindo enquanto associação, fez uma parceria com universidades, com o Senac, com áreas empresariais, e, em sistema de mutirão, começou a dar cor aos seus edifícios. Chamou-me a atenção o depoimento de uma líder comunitária que falava da dificuldade, da diferença que havia entre a pessoa morar em um condomínio cinza, sujo, e morar em um condomínio com cores, com energia, e o quanto esse simples ato de um trabalho de mutirão, que dá cor às suas casas, era um ingrediente na construção da cidadania daquela comunidade.

Também me chamou a atenção, inclusive numa reportagem feita pela TVCâmara recentemente sobre o bairro Rubem Berta, de uma experiência que é adotada no Bairro, que é a adoção de uma moeda local, uma moeda de troca chamada rubi. Dentro do Bairro Rubem Berta, o rubi funciona como se fosse uma moeda, e as pessoas, trocando produtos internos, fazem com que a riqueza circule dentro da própria comunidade. Eu acho que essa experiência de ter uma moeda local, que é uma experiência desenvolvida em algumas regiões da Europa, tem permitido um associativismo maior e uma integração entre as lideranças e os moradores do bairro Rubem Berta.

Por último, eu queria falar também de uma outra experiência desenvolvida naquela comunidade que para mim foi muito estimulante. Todos nós sabemos que a questão do desemprego é uma questão crucial às nossas comunidades. Eles criaram um cadastro de pessoas da comunidade onde estão explicitadas as habilidades daquelas pessoas. Por exemplo, se uma pessoa precisa de marceneiro, ela não precisa ligar para uma outra comunidade ou ir atrás. Não: na sede da associação há um guia onde ela vai identificar exatamente aquele seu vizinho que tem a mão-de-obra capacitada para o desenvolvimento dessa tarefa. Assim também é com as trabalhadoras domésticas, e assim é com outras atividades econômicas que começaram a se desenvolver através dessa experiência de integração no bairro Rubem Berta.

Eles têm uma festa que é um marco, a Festa do Rubem Berta, onde todos os anos todos se juntam, e, num clima de muita animação, comemoram os avanços do bairro Rubem Berta.

Então, eu acho que realmente a definição de uma Semana do Conjunto Habitacional Rubem Berta estimula e dá visibilidade a essa experiência comunitária que pode servir inclusive de apoio para outros bairros e outras comunidades da nossa Cidade.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLL nº 082/06.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, nobres colegas Vereadoras, Vereadores, é um Projeto similar ao que tratamos em Pauta, segunda-feira, sobre a Semana do Bairro Belém Velho. Naquela oportunidade, inclusive, comentei que interessante seria que em todos os bairros de Porto Alegre houvesse a sua semana. Logicamente que este Projeto nos deixa um pouquinho em dúvida por se tratar da Semana do Conjunto Habitacional Rubem Berta, mas, devido às peculiaridades do Bairro, me convenceram, nobre colega Raul Carrion, da importância de eventos dessa natureza serem frutificados dentro de Porto Alegre.

Da mesma forma eu me refiro aos clubes sociais de Porto Alegre que vivem - aqueles que têm menos de mil associados - dias muito difíceis, e são esses clubes sociais que também, lá no seu bairro, representam as aspirações sociais desses moradores.

E nessa semana do bairro, com certeza, se desperta a união, a solidariedade dos moradores e habitantes do bairro para seus problemas específicos. Não é um sonho, eu tenho a certeza de que chegaremos lá um dia, quando iremos aprimorar o nosso Orçamento Participativo, cujo nome está muito bom, o nome é muito bonito, as finalidades são nobres, mas a funcionalidade do Orçamento Participativo deixa muito a dever, ao menos em meu conceito, nobre Verª Maria Celeste.

Eu sonho ver um dia esse Orçamento Participativo mais à frente, realmente participativo, e, às vezes, eu fico pensando que uma solução talvez seria transformarmos ele num planejamento participativo, em que cada bairro, no início ou no final do ano, com a participação de todos os moradores de seu bairro, elegessem as suas prioridades e as enviassem à Câmara de Vereadores para ser feito um programa em conjunto com o Executivo. E essas prioridades seriam atendidas dentro das prioridades solicitadas do seu bairro; aí nós teríamos uma participação realmente de todos os interessados nos reais problemas de seu bairro.

Então estamos a favor deste Projeto por estarmos no caminho da conscientização dos bairros se unirem, não essa região grande do Orçamento, mas cada bairro, no seu centro de bairro, buscando a solidariedade, a união, a solução de seus problemas. Então dou os parabéns, e, logicamente, votaremos a favor.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir o PLL nº 082/06. É um prazer vê-la na tribuna, V. Exª que vem de uma recuperação.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Muito obrigada, Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, gostaria de falar sobre este Projeto que penso ser extremamente relevante, Ver. Haroldo, por se tratar de uma região da Cidade. E aqui o Projeto não fala do bairro Rubem Berta, acho que nós temos de repor algumas questões do Projeto, ele fala que a semana será a Semana de Valorização, que já acontece, de reconhecimento do Conjunto Habitacional Rubem Berta, não se trata do Bairro todo, como o Ver. Nedel havia colocado, o Bairro é muito maior, exatamente.

Mas o Conjunto Habitacional Rubem Berta, por si só, já tem uma capacidade populacional que corresponde a muitas das nossas cidades do Interior do nosso Estado. Então é importante que se valorize, sim, por todos os motivos que expuseram os Vereadores que me antecederam nesta tribuna. Toda a organização nasceu da vontade daquela população de estar ali ocupando o espaço, porque há alguns anos houve uma grande dificuldade: a empreiteira do conjunto habitacional faliu e as pessoas foram ocupando os espaços e morando de uma forma desorganizada, mas conseguiram se organizar e organizar todo o Conjunto Habitacional, não só no aspecto da moradia, mas, sobretudo, no aspecto das relações sociais. Se nós verificarmos o número de associações que existem ali no local, as escolas, as creches comunitárias, toda a questão do próprio condomínio, nós verificamos o quanto foi importante a organização dessa comunidade para que hoje se tenha uma vida digna naquele Conjunto Habitacional. Mais do que isso, além da dignidade das crianças, dos homens e das mulheres que vivem ali, a alegria de poder já ser instituída uma semana de comemorações que, na prática, já existe, nada mais justo que esta Câmara, que os Vereadores tenham reconhecimento sobre o espaço de democracia que ali é vivenciado, trazendo dignidade para aquelas pessoas que ali moram e, sobretudo, reconhecendo que essa Semana já existe.

Esse Projeto de iniciativa do Ver. Raul Carrion e da Verª Manuela traz o reconhecimento desta Casa a respeito da organização, de fato, à democracia participativa desse Conjunto Habitacional. Nós temos lá, além das creches, entidades não-governamentais, entidades governamentais, escola municipal, posto de saúde, nós temos lá também a nossa querida Escola de Samba Imperatriz Dona Leopoldina, que trabalha a questão cultural, a questão do samba, tão importante para aquela comunidade que tem uma identidade muito forte na sua cultura com essa instituição.

Então, todas essas questões colocadas: valorização do ser humano, das crianças, das mulheres, dos adolescentes, dos homens daquela comunidade, elas estão, Ver. Todeschini, neste momento, sendo reconhecidas através deste Projeto que o Ver. Raul faz como um singelo Projeto, mas eu diria que, muito mais que isso, Ver. Raul Carrion, este Projeto pode ser simples do ponto de vista de todas as discussões que nós temos nesta Casa, mas, sobretudo, ele é um reconhecimento dos Vereadores desta Casa de um espaço de democracia participativa e de organização das comunidades da nossa periferia.

Parabéns pela iniciativa, e que, de fato, essa semana seja cada vez mais produtiva para aquela região da Cidade, que nós sabemos que tem sérias dificuldades, sérios problemas, como os problemas da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, do acesso a esse Conjunto Habitacional, o problema de ser uma das regiões mais violentas da cidade de Porto Alegre. Iniciativas como essa reconhecem a dignidade das pessoas, mas, sobretudo, nos fazem refletir de que lá se precisa, cada vez mais, do olhar do nosso Executivo local, do Poder Público local para que as coisas possam ser brindadas, festivas como nessa Semana, mas, sobretudo que haja uma ação mais efetiva do Governo no que diz respeito à violência, principalmente contra os nossos jovens. Muito obrigada, Sr. Presidente.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 082/06.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, é importante a matéria aqui trazida a lume pelos Vereadores Manuela d’Ávila e Raul Carrion. Inicialmente compunha-se de seis artigos. Numa das Emendas, retira os artigos 2º, 4º e 5º, deixando apenas o 1º, o 3º e o 6º que é: “A lei entra em vigor na data da sua publicação”. Então, na realidade, nós poderíamos continuar fazendo a Semana do Conjunto Habitacional, que, segundo me informam, está sendo realizada. Tudo que tem de diferente é que, no art. 1º, o parágrafo único diz que o evento passa a integrar o Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre. Talvez o Projeto de Lei devesse ter apenas um parágrafo, o resto não importava. Como o Conjunto Habitacional Jardim Leopoldina fica lá no Bairro Rubem Berta, talvez fosse bom, nessa Semana do Conjunto Habitacional, já que está chamando também na Emenda proposta a alteração do art. 3º, está incluindo a Associação de Moradores do Conjunto Habitacional e outras associações comunitárias lá existentes, representantes de clubes esportivos e demais entidades do Conjunto legalmente constituídas - eu não sei se aí está estendendo para o Bairro Rubem Berta, e em aí estendendo incluiria o Jardim Leopoldina -, e talvez nós soubéssemos por que o Jardim Leopoldina foi comprado pelo dobro do preço? Seria um momento da mais alta relevância, da mais alta significação, fazer a descoberta do por que foi comprado não por 13 milhões e meio de reais, que é o que valia na época, pela avaliação, e sim, por 27 milhões de reais. Seria muito interessante saber por que isso aconteceu. Mas como já existe a Semana, eu não tenho nada contra a que se aprove mais uma lei, aqui, fazendo a Semana do Conjunto Habitacional Rubem Berta.

Realmente os autores têm razão de dizer que há uma população maior do que a maioria das cidades do Rio Grande do Sul, mas seria bom se esta Semana pudesse nos levar a saber por que pagaram o dobro pelo Conjunto Residencial Jardim Leopoldina?!

Desta forma, eu acho que só resta votar e até aprovar a iniciativa dos dois Vereadores, sem maiores problemas, porque o ano tem 52 semanas, já quase todas estão ocupadas, algumas estão sendo utilizadas duas, três, quatro, vezes, então nós vamos ter a oportunidade de ter mais uma nos calendários aí, e depois nós vamos esquecer até que foram aprovadas, vamos esquecer. Eu lembro do Padre Roncato, quando vivo, ele fazia um enorme desfile num domingo, não sei se em setembro, ele convocava todo o bairro Rubem Berta, todos os estudantes, quatro ou cinco mil estudantes desfilavam para a alegria dos seus pais e para a alegria daqueles que foram convidados para fazer uma visita ao bairro Rubem Berta. Não tinha nenhuma lei fazendo isso, mas o Padre Roncato, depois Monsenhor Roncato, fazia sempre esse encontro com os estudantes do Colégio São Francisco e todos os colegas do entorno ali, que têm milhares e milhares de alunos. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Encerrada a discussão. Em votação o PLL nº 082/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLL 082/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 02 ao PLL 082/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. N. 5244/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 125/05, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que altera a Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores, incluindo art. 139-A e parágrafo único no art. 154, criando critérios para a utilização da tribuna por ocasião do Grande Expediente e do comparecimento de autoridades.Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela rejeição do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relatora Ver.ª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- discussão geral nos termos do art. 126, §1º, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 04-10-06;

- adiada a discussão por duas Sessões.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão, em 2ª Sessão, o PR nº 125/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Encerrada a discussão.

Apregôo a Emenda nº 02 ao PR nº 125/05.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0078/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 006/06, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que dispõe sobre a proteção ao idoso e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relatora Ver.ª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-08-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 006/06. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Carlos Todeschini, o PLL nº 006/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 20 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 2612/03 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 053/03, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que altera o art. 2.º da Resolução n. 1.510, de 6 de novembro de 2000, que institui o Prêmio Mário Rigatto. Com Substitutivo n. 01 (Dr. Goulart).

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e do Substitutivo n. 01;

- da CECE. Relatora Ver.ª Manuela d'Ávila: pela rejeição do Projeto; Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Substitutivo n. 01;

- da COSMAM. Relatora Ver.ª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto e do Substitutivo n. 01.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 03-04-06.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO (Requerimento): Sr. Presidente, solicito o adiamento da discussão do PR nº 053/03, por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Eu peço, por favor, que V. Exª faça o Requerimento por escrito.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, solicitando o adiamento da discussão do PR nº 053/03, por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 2559/03 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 010/03, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que altera a Lei Complementar n. 434, de 1.º de dezembro de 1999, e alterações posteriores. (PDDUA/área de interesse recreativo e desportivo) Com Emendas nos 01 e 02. Com Subemenda nº 01 à Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CECE. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da COSMAM. Relatora Ver.ª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 01-11-06;

- discutiram a matéria os Vereadores A.Oliboni, S.Melo,  C.Todeschini, A.Sell, C.Comassetto, J.A.Dib, R.Carrion, M.Fraga, J.I.Heinen  e C.Carpes, em 08-11-06;

- adiada a discussão por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLCL nº 010/03. (Pausa.)

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Sr. Presidente, solicito o adiamento da discussão do PLCL nº 010/03, por uma Sessão, para podermos nos aprofundar mais sobre este Projeto. Vou fazer o Requerimento, por escrito.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o Requerimento de autoria da Verª Clênia Maranhão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 1000/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 041/06, de autoria da Ver.ª Manuela d'Ávila, que altera a redação dos §§ 1º e 3º e inclui § 5º ao art. 1º da Lei n. 6.919, de 22 de outubro de 1991, que institui o Programa Municipal de Albergues para a Mulher Vítima de Violência e dá outras providências, ampliando a incidência da Lei a adolescentes e/ou jovens e conceituando violência.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- incluído na Ordem do Dia em 02-10-06;

- adiada a discussão por duas Sessões.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 041/06, de autoria da Verª Manuela d’Ávila. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLL nº 041/06.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Ver. Luiz Braz, na Presidência dos trabalhos; cara Vereadora Manuela e colegas, eu acho fundamental essa modificação proposta pela nobre Vereadora do PCdoB, Manuela d’Ávila, porque, se nós lembrarmos das manchetes nos jornais, Ver. Todeschini, dos últimos dias, nós vamos entender melhor a preocupação da nossa colega.

Uma jovem de treze anos foi morta num motel. Hoje, os jornais tratam, por exemplo, de um caso que aconteceu um tempo atrás, de um esquartejamento de uma mulher, e outros temas horripilantes que se lêem no jornal. Isso é o que aparece na imprensa, Verª Sofia Cavedon! Imaginem V. Exas. o que não aparece na imprensa! Quantas vezes nós encontramos mulheres e, principalmente jovens mulheres, com hematomas. Há ainda, infelizmente, na sociedade machista atual, essa violência, essas verdadeiras afrontas às pessoas e, particularmente, às mulheres. Hoje nós vimos nos jornais que uma jovem brasileira, nascida em Erechim, morreu em Portugal; pelas descrições, nós podemos imaginar o que aconteceu, porque ela foi morta por asfixia no seu apartamento. Inclusive, eu queria sugerir, Verª Manuela, e divulgar aqui um site excelente que existe sobre as questões, inclusive do tráfico de mulheres no mundo, particularmente de brasileiras e latino-americanas, que é o site www.msn.org.br. É uma organização que trata exatamente da mulher dita marginalizada; ou seja, daquela que é maltratada. E existe um tráfico de mulheres.

Mas aqui nós estamos tratando de casos bem concretos da cidade de Porto Alegre. Nós temos uma casa de acolhimento, desde o início dos anos 90, uma das casas pioneiras deste País. Portanto, as preocupações da Vereadora são consistentes, são necessárias e se impõem. É só abrir as páginas do jornal de hoje para verificar como nós ainda temos inúmeros problemas de violência contra a mulher, de assassinato de mulheres e de tráfico internacional de mulheres. Isso é muito grave, e por isso nós apoiamos Vossa Excelência.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Encerrada a discussão. Em votação o PLL nº 041/06. (Pausa.) A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 041/06.

 

A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, acho que tudo que o Ver. Adeli Sell colocou no momento da discussão do Projeto torna evidente a necessidade de discussão permanente, Ver. Ibsen, sobre a questão da violência contra a mulher, sobretudo porque nós temos números que comprovam que a maior incidência dessas mulheres vitimadas está justamente situada no ambiente familiar, nas pessoas mais próximas, nas relações cotidianas que essas mulheres estabelecem, Verª Maria Celeste.

Só para explicar muito claramente, além de caracterizar e conceituar a violência contra a mulher, de tornar mais abrangente a sua conceituação, na linha do que nós já temos trabalhado; a Prefeitura, as Vereadoras, as frentes parlamentares, as legislações federais - para não ficarmos só na tese -, o outro objetivo prático dessa alteração, a Lei que cria a o Programa Municipal de Albergues para a Mulher Vítima de Violência, é o fato de essas mulheres puderem levar consigo, uma vez vitimadas, os seus filhos adolescentes e jovens. Na legislação, quando da criação da Lei, as mulheres podiam levar apenas os seus filhos caracterizados como crianças; portanto, a partir dos 12 anos de idade, com quem ficariam esses adolescentes, Verª Maria Celeste? Com o agressor, em casa, uma vez que podemos cruzar os dados e ver que, na casa ou na vizinhança, estão os maiores problemas? Com quem ficariam esses adolescentes ou as meninas jovens, quando a mulher é vítima de agressões e de um padrão de comportamento que inclui a exploração ou abuso sexual dessa mulher e de seus filhos? Para onde levar a jovem mulher ou o jovem envolvido nessa situação de violência? Por isso é bastante simples - acredito que, na prática, o bom senso já vigore nesses albergues, mas não há por que termos uma lei que não dialoga com a realidade. As leis têm que tratar da realidade, e não das teses. Se já ocorre ou se é necessário que ocorra de maneira legal, sem as pessoas estarem acobertando... Bom, traz a menina de 19 para cá, a gente dá um jeito, acoberta, porque já é jovem, não é mais criança. Não. Nós queremos fazer isso dentro da legalidade, porque a violência contra a mulher ainda é uma chaga no nosso País, e devemos cicatrizá-la curando-a com políticas públicas eficientes que consigam fazer com que, de fato, a mulher queira estar no albergue e não na sua casa para voltar a ter relações com o filho adolescente ou com o filho jovem - que é um dos outros problemas que vivenciamos, a não-denúncia por não ter para onde ir, mas não só por não ter para onde ir, mas para não querer perder seus vínculos familiares com seus filhos que já estão numa faixa etária mais avançada ou que não se enquadram mais na faixa etária denominada de crianças. A idéia é simples, mas acho que é importante. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 041/06.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, a Verª Maria Celeste também gostaria de ter falado com muita propriedade neste tema, mas eu estava preparando, porque, coincidentemente, Verª Manuela, hoje de manhã, vivi a situação da minha funcionária, em casa. Engraçado que é a segunda funcionária com um problema assim neste ano. A primeira viveu uma situação muito semelhante. Saiu de casa, teve que esconder os filhos do marido, que os estava ameaçando, e a sua vida, sua integridade física e dos filhos estavam ameaçados; e mesmo com várias instituições já constituídas para a proteção da mulher, não há como proteger as crianças, especialmente os adolescentes, porque, às vezes, a mulher não tem condições imediatas de sair carregando todo o mundo, não tem nem como sustentá-los. A situação que a minha funcionária vive hoje também é uma questão a ser muito discutida com as escolas. Os Conselheiros Tutelares diziam para nós que, se as escolas fossem mais protetoras, seria mais fácil proteger a infância.

Ora, se o filho é adolescente, a escola liga para a casa do aluno e diz para o padrasto que ele teve problemas na escola - falo isto como um alerta -, e o padrasto o recebe com cinta, com surra, um menino adolescente que não é seu filho - mas muitas vezes é o caso de ser seu filho. A minha funcionária tentou evitar, acabou entrando no rolo junto, quer dizer, a mulher fica fragilizada, hoje ela tinha que trabalhar, os filhos pequenos foram envolvidos, a mulher fica sem condições de conseguir protegê-los e proteger-se, porque as nossas instituições ainda não são tão rápidas, porque a cultura... Claro que não é só o homem que pratica a violência; as mulheres também a praticam com crianças, mas, na maioria, é o homem que pratica a violência em relação à mulher, e não se trata de uma culpa individual, trata-se de uma culpa cultural. A nossa cultura ainda coloca ao homem uma postura de quem tem que ter firmeza, e esse pai ou padrasto afirmava: “Eu não sou pai, mas eu o criei e eu bato”. Muitas vezes, a escola não se dá conta de que, ao não resolver o problema na escola, ou ao não procurar a mulher, Verª Maria Celeste - sempre é mais seguro procurar a mãe com calma, com tranqüilidade, chamar para conversar, do que fazer um telefonema para o padrasto... Quer dizer, o menino já está com um problema na escola, e ele vai ter uma sobreviolência em casa e vai envolver a mãe e os irmãos menores. E a nossa cultura machista está impregnada, ela torna muitos pais e chefes de família cegos, insensíveis, porque é colocado para eles um papel de correção, um papel de referência, um papel de forte e um papel de quem não pode ser desafiado, inclusive.

Então, muitos adultos, homens e mulheres, mas, principalmente, muitos homens não sabem lidar com o desafio, que é a forma de a criança testar os limites, não sabem lidar com o barulho, que é a forma de a criança se organizar, jogando, brincando, que é a maneira de a criança construir conhecimento, construir identidade.

Então, Verª Manuela, a iniciativa é muito importante. Nós, para protegermos a mulher, precisamos proteger os seus filhos junto, isso é importantíssimo, e os adolescentes, especialmente. Eu conversava isso com a minha funcionária, ou seja, o adolescente, apanhando dessa forma arbitrária do padrasto, daqui a pouquinho se torna um assassino, porque é tamanha a revolta, é tamanha a impotência que ele deve sentir, como menino, como adolescente, ao ser submetido a uma injustiça na escola - porque a leitura que ele faz é essa - e a uma sobreinjustiça em casa, ainda vendo a mãe ser submetida à situação de violência ao tentar protegê-lo.

Eu acho que nós precisamos, de fato, fazer um debate no sentido de que haja, nessa questão, uma maior presença do Estado público. Ainda bem que nós avançamos com relação à idéia do que acontece entre marido e mulher: sim, nós temos que “meter a colher”. O que acontece com a nossa infância, é uma questão de política pública, sim. O Estatuto trouxe as políticas públicas à nossa criança e ao nosso adolescente no sentido de que eles são sujeitos de direitos! Não são sujeitos em formação, não são sujeitos em submissão aos adultos, são sujeitos de direitos, são sujeitos que têm de viver com integridade e com alegria a sua infância e a sua adolescência. Acho que todas as iniciativas são importantes, e a nossa Bancada parabeniza a Verª Manuela e vota favorável ao Projeto. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 041/06.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Exmo Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Luiz Braz; Vereadores e Vereadoras desta Casa, público que nos assiste, venho a esta tribuna para encaminhar pelo meu Partido, o PDT, composto por uma Bancada de seis Vereadores: Vereadores Nereu D’Avila, Neuza Canabarro, Ervino Besson, Dr. Goulart, Mario Fraga e este Vereador. Está em discussão geral e votação o Projeto de Lei do Legislativo nº 041/06, de autoria da Verª Manuela d’Ávila, que altera a redação dos parágrafos 1º e 3º e inclui o § 5º ao art. 1º da Lei nº 6.919, de 22 de outubro de 1991, que institui o Programa Municipal de Albergues para a Mulher Vítima de Violência e dá outras providências, ampliando a incidência da Lei a adolescentes e/ou jovens e conceituando violência.

Primeiramente, gostaríamos de cumprimentar a Verª Manuela pela iniciativa e dizer que conversei, antes de me dirigir a esta tribuna, com a Presidente Nacional da Ação da Mulher Trabalhista - a AMT, um órgão de ponta do nosso Partido -, a companheira Miguelina Vecchio. O nosso Partido acompanha esta iniciativa da Verª Manuela, e não só acompanha como entende ser esta questão de fundamental importância, pois, no atual contexto em que vive a sociedade, e sabedores que somos dos inúmeros problemas que as desigualdades têm imposto às mulheres, temos ciência das dificuldades que ocorrem no lar, quando a mãe, a responsável pelos filhos, aquela que os acolhe, é agredida ou violentada e não tem um local para onde ir. Eu gostaria aqui também de fazer menção ao atual Albergue da Vila Maria, que tem funcionado - e funciona muito bem -, mas que, infelizmente, não tem condições de absorver toda essa demanda oriunda da violência das agressões que, infelizmente, ainda prosperam na sociedade e estão aí, como foi bem relatado pelo Ver. Adeli Sell, nas manchetes dos nossos jornais, na mídia, diariamente, tendo em vista ainda que a prática da violência, enfim, não relacionada diretamente com a razão, pode ser pelo alcoolismo, pode ser, como bem mencionou a Verª Sofia, por não ser tão próximo das crianças, ou daquela mãe, por um padrasto, enfim.

Nós entendemos que o Projeto é meritório. Estamos aqui para encaminhar no sentido da sua aprovação e estaremos votando pela aprovação do presente Projeto de Lei, porque entendemos que ele contribui com a sociedade porto-alegrense. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o PLL nº 041/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Exatamente dentro daquilo que foi acordado pelas Lideranças da Casa, foram votados todos os Projetos previstos, hoje, para a Ordem do Dia.

E, mesmo ainda havendo quórum no Plenário, nós damos por encerrada a Sessão de hoje.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h40min.)

 

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